segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

CHINA: INFLAÇÃO SOBE 5,1%, A MAIS ALTA DESDE JUL/2008

O índice de preços ao consumidor (CPI) da China subiu 5,1% em novembro - o porcentual mais alto desde julho de 2008 -, segundo dados divulgados neste sábado, o que fez aumentar os temores de que a crescente inflação vai exigir medidas mais duras do governo.
A inflação de novembro ficou acima do índice de 4,4% de outubro e acima da média prevista por 15 economistas, de 4,7%. Mas o resultado foi amplamente divulgado na imprensa local e antecipado pelos mercados nos dias anteriores ao anúncio oficial.
Outros indicadores da atividade econômica como investimentos em ativos fixos e produção industrial também registraram aceleração em relação ao mês anterior e excederam as expectativas, indicando um possível superaquecimento econômico.
Os preços dos alimentos foram um item importante na inflação de novembro, subindo 11,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior, alta maior do que os 10,1% acumulados em outubro. Mas os preços de produtos não alimentícios também aceleraram, com elevação de 1,9% na comparação com novembro de 2009, mais uma vez acima da alta registrada em outubro, que foi de 1,6%. "É um pouco alarmante a evidência de pressão de fora do setor de alimentos. Foi o segundo mês que (os preços de produtos não alimentícios) subiram", disse Tom Orlik, economista a Stone & McCarthy Research Associates. "A história da inflação está apenas começando."
Mas a analista do J.P. Morgan Qian Wang disse que a China deverá ser capaz de resistir a um nível relativamente alto de inflação. "Como uma economia de rápido crescimento, a China deveria ser capaz de tolerar uma inflação mais alta, digamos de 4% a 5%", afirmou ela. Qian disse também que espera que o índice de preços ao consumidor do país suba para menos de 5% em dezembro e para algo entre 4% e 4,5% no ano que vem.
Sheng Laiyun, porta-voz do Birô Nacional de Estatísticas da China, disse que as medidas tomadas recentemente para controlar os preços dos alimentos e serviços básicos precisam de tempo para surtir efeito. "Na medida em que cada região e cada departamento implementam as medidas do Conselho de Estado (...) a estabilidade de preços deve ser sustentável", disse ele.
A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, a principal agência de planejamento da China, disse em comunicado no sábado que a alta do índice de preços ao consumidor em 2010 atingiu seu ápice em novembro e que a inflação deve cair para 5% ou menos em dezembro. A elevação em novembro foi motivada principalmente por "fatores temporários e sazonais", disse a agência.

AUMENTO EXTRA NO COMPULSÓRIO DE BANCOS.
O Banco do Povo da China (PBOC, banco central do país) estendeu por mais três meses o aumento extra na taxa do compulsório aplicada a seis bancos do país, informou o jornal China Business News, citando fontes. Em outubro o PBOC havia implementado o aumento extra com um período de vigência de dois meses.
Segundo a reportagem, os seis bancos em questão são Banco Industrial e Comercial da China, China Construction Bank, Agricultural Bank of China, Bank of China, China Merchants Bank e China Minsheng Banking. O jornal não especificou qual é a atual taxa do compulsório para esses bancos.
A informação surge depois de a China aumentar, na sexta-feira, a proporção de dinheiro que os bancos têm de depositar no banco central - a sexta elevação como essa neste ano. Com isso, a taxa do compulsório da maior parte dos bancos subiu para 18,50%.
Como parte das tentativas da China de lidar com a crescente inflação, o PBOC tem intensificado os esforços para conter a liquidez no sistema bancário, por causa de preocupações com o aumento dos preços e com fluxos de entrada de capital não desejados. A inflação na China atingiu 5,1% em novembro, o nível mais alto desde julho de 2008.

PREÇO AO PRODUTOR SOBE 6,1%, ACIMA DO ESPERADO
O índice de preços ao produtor (PPI) da China subiu 6,1% em novembro, em relação ao mesmo mês do ano anterior, acima do aumento de 5,0% de outubro e da média esperada pelos economistas, de 5,3%. Esse foi mais um sinal de que a pressão inflacionária pode continuar a crescer na China.

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