quinta-feira, 5 de agosto de 2010

TRIGO SOBE 8,3% ATINGE MÁXIMA DE DOIS ANOS.

Os preços futuros do trigo dispararam nesta quinta-feira no mercado americano e alcançaram o maior nível em dois anos. O impulso veio da notícia de que a Rússia vai suspender as exportações de grãos por causa da seca.
Na Bolsa de Chicago os contratos com vencimento em setembro, mais negociados, fecharam no limite de alta de 60,0 cents(limite de oscilação para amanhã foi expandido para 90cts bu), que equivale a 8,27%, cotado a US$ 7,8575/bushel. Trata-se do maior patamar desde 20 de agosto de 2008 e corresponde a valorização de 85% ante a mínima de nove meses, registrada em junho.
Na Bolsa de Kansas City o mesmo vencimento saltou 53,50 cents ou 7,36% e encerrou o dia a US$ 7,80/bushel. As preocupações são de que a decisão da Rússia mexa com a oferta global de grãos e tenha impacto nos preços dos alimentos.
A decisão da Rússia ocorreu em meio a uma série de prospectos negativos para produção e qualidade da safra de trigo local. Participantes do mercado especulavam nos últimos dias que uma restrição nas exportações seria provável, mas o efeito completo desta possibilidade ainda não havia sido precificado.
A suspensão das exportações de grãos da Rússia afeta trigo, milho, cevada, centeio e farinha. Tem início previsto para 15 de agosto e duração até o fim do ano, de acordo com um porta-voz do primeiro-ministro Vladimir Putin. Traders com vendas já contratadas devem embarcar até 15 de agosto.
O analista Jerry Gidel, da corretora North America Risk Management Services, afirmou que a proibição é uma "grande coisa", pois a antiga União Soviética emergiu nos últimos anos como importante exportador no mercado internacional. A Rússia foi a principal fonte de trigo do Egito, maior importador mundial, no ano-safra encerrado em maio."O mais importante é que as pessoas estavam partindo do princípio de que haveria algum tipo de exportação da Rússia, e agora pode não ter nada por um certo período de tempo", comentou Gidel.

OFERTA GLOBAL PERMANECE CONFORTÁVEL DIZ CARGILL. 
A Cargill afirmou nesta quinta-feira que o declínio da oferta de trigo por causa da seca na região da antiga União Soviética é uma "questão regional" e que o suprimento global permanece confortável.
A companhia do setor de agronegócios, cujas operações incluem produção, processamento e transporte de grãos, avalia que as safras de trigo em países como Rússia e Casaquistão está significativamente abaixo das expectativas, o que está afetando a oferta regional. "A partir de uma perspectiva global, no entanto, a safra de trigo dos Estados Unidos foi forte e os estoques mundiais estão maiores do que em 2008, quando o preço disparou", disse a companhia em comunicado.
A Cargill acrescentou que as barreiras comerciais "exageraram problemas de fornecimento", referindo-se às restrições sobre exportações na Rússia a partir de 15 de agosto até o fim do ano, buscando controlar a inflação no mercado interno. "Barreiras como esta distorcem os mercados de trigo, dificultando que a oferta se movimente de áreas que têm superávit para áreas que têm déficit e evitam que as indicações de preço cheguem aos produtores."

MILHO FECHA EM ALTA NO RASTRO DO TRIGO.
Com suporte do mercado de trigo e bons indicadores de demanda, os preços futuros do milho subiram nesta quinta-feira na Bolsa de Chicago. Posição mais líquida, o contrato dezembro avançou 3,0 cents ou 0,72% e fechou a US$ 4,18/bushel. Estima-se que fundos tenham comprado cerca de 20 mil lotes.
A influência positiva do trigo puxou as cotações do milho a ponto de alcançarem as máximas em sete semanas, antes de limitarem o avanço posteriormente. De acordo com o analista Shawn McCambridge, da corretora Prudential Bache, o milho foi um mercado de reação e continuou seguindo o trigo para manter os spreads em ordem. Ele lembrou que há rumores sobre uma eventual migração da demanda do trigo para o milho por parte de fabricantes de rações.
As sólidas exportações de milho dos Estados Unidos na semana ajudaram a dar suporte, especialmente em virtude dos problemas com a safra de trigo europeia.
No entanto, ao longo da sessão, o milho devolveu a maior parte dos ganhos do dia. O clima favorável no Meio-Oeste dos Estados Unidos ainda serve de âncora para os preços, pois sinaliza forte produtividade.

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