segunda-feira, 2 de agosto de 2010

TRIGO/EUA VOLTA A DISPARAR COM SECA NA RÚSSIA

O agravamento da seca na Rússia estimulou compras de contratos de trigo no mercado americano nesta segunda-feira. A atuação de fundos impulsionou fortemente as cotações. Na Bolsa de Chicago os lotes para entrega em setembro, os mais negociados, fecharam com elevação de 31,75 cents ou 4,80%, cotados a US$ 6,9325/bushel. Na Bolsa de Kansas City o mesmo contrato teve alta de 26,0 cents ou 3,85% e fechou a US$ 7,0050/bushel.
Há muito trigo seco nos campos da fértil região produtora russa do Rio Volga. O calor e a falta de chuvas inviabilizou metade da safra nas áreas mais atingidas, enquanto a parcela restante deve registrar metade da produtividade dos anos anteriores. Antes da estiagem e das queimadas, Rússia e Ucrânia esperavam responder por 18% das exportações mundiais de trigo.
A queda da produção global aumenta as incertezas sobre uma eventual restrição de oferta de trigo e outros cereais, como ocorreu em 2008. Mas o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimou que haverá cerca de 30 milhões de toneladas de trigo nos estoques do país no fim de maio do ano que vem, isto é, a maior reserva americana em 23 anos. Especuladores entraram no mercado de trigo nas últimas semanas. O número de apostas na queda dos preços caiu para 15,43 mil contratos em 27 de julho, ante 22,19 mil contratos uma semana antes. O analista Shawn McCambridge, da corretora Prudential Bache, afirmou que enxerga "simplesmente fluxo de capital chegando ao mercado". "Quanto se tem um mercado do tipo climático, como estamos agora, tem-se muita emoção entrando. Portanto, não estamos mais negociando fundamentos", resumiu McCambrigde. Estima-se que fundos de commodities tenham comprado cerca de 15 mil contratos na CBOT.

MILHO ALCANÇA MÁXIMA EM 6 MESES E MEIO.

Os preços futuros do milho caíram nesta segunda-feira, após recuar dos avanços observados no início do dia na CBOT. Vendas de produtores pressionaram as cotações, que chegaram a alcançar as máximas em seis meses e meio. O contrato de maior liquidez, com vencimento em dezembro, cedeu 2,25 cents ou 0,55% e fechou a US$ 4,0450/bushel. Chegou a registrar US$ 4,18/bushel no melhor momento do dia. Estima-se que fundos tenham comprado cerca de 7 mil contratos hoje.
O mercado voltou a seguir os futuros de trigo durante a maior parte do dia. Mas o trigo limitou seus ganhos e o traders venderam também contratos de milho. As vendas de produtores ocorreram nas máximas. Além disso, especuladores embolsaram lucros e liquidaram posições compradas. "O mercado não teve mais nada altista, pois as condições da safra são boas de modo geral e o fato de o mercado estar sobrecomprado estimula um ligeiro recuo", afirmou Jack Scoville, vice-presidente da Price Futures Group.
O clima favorável no curto prazo para desenvolvimento da safra dos Estados Unidos fez com que os traders não tivessem nenhuma influência altista para um rali. No entanto os traders que apostam na elevação dos preços foram encorajados porque a queda foi apenas modesta, depois de um rali de quase 11% em uma semana. A pressão foi limitada, ainda, pelas incertezas sobre o potencial de produtividade da safra 2010/11 dos Estados Unidos.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou há pouco que 71% da safra de milho apresenta condição boa a excelente, ante 72% uma semana atrás. A maioria dos traders esperava que o USDA mantivesse sua avaliação.

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