terça-feira, 3 de agosto de 2010

SOJA: CHICAGO RECUPERA-SE E FECHA COM LIGEIRA ALTA.

As cotações da soja fecharam com pequena alta na Chicago Board Of Trade, recuperando-se de uma queda inicial. Fundos especulativos compraram cerca de quatro mil contratos, de acordo com informações de participantes da bolsa. Traders realizaram lucro sobre os ganhos de 5% obtidos nas quatro sessões anteriores, mas no decorrer do pregão as cotações se recuperaram. Os participantes consideraram prematuro levar a cotação abaixo de US$ 10/bushel justo quando as lavouras de soja dos Estados Unidos passam pelo período mais crítico de seu desenvolvimento, afirmou um analista de Chicago.
A demanda sólida, a variabilidade das previsões climáticas e as incertezas a respeito dos números que serão divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em seu próximo relatório de oferta e demanda, na próxima semana, devem manter um piso sob os preços da soja em Chicago.

A preocupação quanto à qualidade das lavouras no Sul dos Estados Unidos foi motivo suficiente para que os investidores mantivessem o prêmio de risco nos contratos futuros. A T-Storm Weather prevê temperaturas na faixa dos 40ºC na região do Delta do Mississippi até amanhã.
Entre os derivados, os contratos de curto prazo do farelo recuaram com o surgimento de novas vendas de produtores para processadoras de soja no mercado físico norte-americano. Os preços do óleo de soja subiram para o nível mais alto desde abril, puxado pelos ganhos no petróleo, que superaram US$ 82 por barril na Bolsa de Nova York pela primeira vez desde maio.

MILHO FECHA QUASE ESTÁVEL.

Os contratos futuros de milho encerraram a terça-feira praticamente estáveis na Bolsa de Chicago (CBOT). Os lotes para entrega em dezembro, os mais movimentados, fecharam em baixa de 0,50 cent ou 0,12%, cotados a US$ 4,04/bushel. Segundo analistas, o movimento de hoje foi uma pequena correção após os avanços recentes. Estima-se que fundos tenham vendido cerca de 2 mil contratos hoje.
Os futuros de trigo registraram perdas significativas e foram influência negativa para o milho hoje, diferentemente das últimas sessões, quando vinham dando suporte. Além disso, o clima favorável para as lavouras de milho e as bases de preço mais fracas impediram uma valorização. "As perdas de dois dígitos nos futuros de trigo e a ausência de novidades sobre fundamentos serviram de âncora para o milho", de acordo com Chad Henderson, analista da Prime Ag Consultants.
Entretanto, a falta de notícias também fez com que o mercado tivesse poucos negócios e mantivesse o suporte psicológico próximo a US$ 4/bushel. Compras técnicas evitaram maiores perdas, com ordens automáticas.
De qualquer forma, traders estão concentrados no clima e a produção. Tanto um fator quanto o outro são favoráveis neste momento para que se tenha produtividade acima da média e, possivelmente, para que a colheita seja adiantada, conforme Henderson.

TRIGO FECHA COM DESVALORIZAÇÃO APÓS REGISTRAR GANHOS EXPRESSIVOS.
Depois de terem atingido ontem o maior nível em 23 anos, os preços futuros do trigo caíram nesta terça-feira no mercado americano. Os contratos com vencimento em setembro recuaram 13,25 cents ou 1,91% e terminaram cotados a US$ 6,80/bushel. Na Bolsa de Kansas City, o mesmo vencimento fechou em baixa de 15,50 cents ou 2,21%, a US$ 6,85/bushel. Participantes do mercado embolsaram lucros em meio às preocupações com a seca na Rússia, que puxaram as cotações recentemente.
Traders disseram que o mercado de trigo estava prestes a ver uma correção, pois em julho teve o rali mais dramático na CBOT em 51 anos. Ontem, o contrato setembro fechou 62% acima da mínima em nove meses, registrada em junho. "Estamos prontos para um dia de descanso", disse o analista e corretor Larry Glenn, da Frontier Ag. Apesar das perdas, algumas novas compras e a cobertura de posições vendidas sustentaram as cotações. O analista Alex Bos, do Macquarie Bank, comentou que "com base puramente nos números de oferta e demanda, provavelmente fomos além do que é considerado um valor fundamentalmente justo".John Christopher, analista do Linn Group, afirmou que o mercado ainda reflete as preocupações com a possibilidade de que a Rússia venha a restringir as exportações para proteger o mercado doméstico. A consultoria UkrAgroConsult, da região do Mar Negro, alertou que uma proibição das vendas externas na Rússia é possível.
Entretanto, o governo não planeja limitar as cotações, de acordo com a agência de notícias local RIA Novosti, que citou o Ministério de Agricultura do país. O Ministério diminuiu hoje a estimativa da produção total de grãos para 70 milhões a 75 milhões de toneladas, em comparação com 72 milhões a 78 milhões de toneladas previstas anteriormente.
Se a Rússia reduzir as exportações, os Estados Unidos provavelmente poderão compensar qualquer queda da produção global de trigo, segundo participantes do mercado. A maioria deles entende que a oferta global permanece ampla para a atual demanda. Um analista afirmou que de 10% a 15% da inflação nos preços do trigo se deve à atividade especulativa. "Especulação significa que os preços estão exagerados tanto no caminho de alta quando no caminho de queda", acrescentou.
Também há rumores sobre a seca na Austrália, outro grande exportador. A produção da região Oeste, que responde por 40% do total nacional pode cair em um terço ou mais neste ano-safra, de acordo com a gerência geral de operações da Cooperativa Bulk Handling.
Estima-se que fundos tenham vendido cerca de 5 mil contratos em trigo hoje na CBOT, depois de terem comprado mais de 10 mil lotes durante cada uma das duas sessões anteriores.

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