segunda-feira, 18 de abril de 2011

CBOT/PERSPECTIVA: MILHO PODE TER PRESSÃO APÓS RECORDE DE ALTA.

Os contratos futuros de milho negociados na Bolsa de Chicago devem iniciar a semana pressionados, depois de terem atingido um preço recorde, o que pode ter reduzido a demanda interna para os vencimentos mais próximos. Já a soja volta suas atenções para a China, depois de o maior consumidor mundial ter retornado timidamente às compras.
Após atingir nível de preço recorde de US$ 7,8375 por bushel na segunda-feira (11), o mercado de milho foi pressionado ao longo da semana por realização de lucros e por preocupações com a demanda. Na sexta-feira, o contrato maio cedeu 12,25 centavos, ou 1,62%, para US$ 7,42 por bushel. Durante a sessão, atingiu o menor nível em suas semanas, a US$ 7,3950 por bushel.
"Esperamos um pouco de pressão, principalmente para os vencimentos mais próximos, porque os preços chegaram a níveis altos e tiraram um pouco do interesse da demanda no mercado interno. Não diria que chegou a racionar a demanda, porque ela ainda é muito grande, mas reduziu um pouco", avaliou Vinicius Ito, da corretora Newedge.
A soja por sua vez teve um dia marcado pela volatilidade na sexta-feira, e o contrato maio subiu 0,75 centavo, ou 0,06%, para fechar a US$ 13,3175 por bushel. A China chama a atenção porque ao mesmo tempo em que dá sinais de que poderia tomar medidas para combater a inflação, o que enfraqueceria ainda mais as aquisições nos Estados Unidos, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou a venda de 165 mil toneladas de soja para o país asiático, com entrega durante o ano comercial 2011/12, que começará em 1o de setembro. "Depois de duas semanas sem fazer nada, finalmente os chineses voltaram às compras. Isso pode querer dizer que o mercado caiu o suficiente para atraí-los novamente. Então todo mundo vai ficar de olho na tela para saber se a China compra mais ou cancela mais", disse Ito, explicando que o governo chinês teria proposto às esmagadoras vender a elas a soja dos estoques internos com desconto em relação ao preço no exterior, em troca de elas não elevarem o valor dos produtos, principalmente óleo, no mercado interno.
Os preços do trigo devem ganhar sustentação porque ainda há preocupações em relação ao tempo seco nas Planícies, segundo Ito, embora haja previsões de chuvas em algumas áreas. Na última sessão os preços terminaram em alta, com a percepção de que aumentará o consumo de trigo para ração, diante do fato de que pela primeira vez em 15 anos os futuros do milho oscilaram acima dos de trigo. Os lotes para entrega em maio subiram 3,75 centavos, ou 0,51%, para US$ 7,4425 por bushel. "O trigo está com problemas no cinturão produtos e temos uma qualidade muito ruim, por causa do clima que ficou mais seco. Dos três grãos, ele é o que menos tem potencial de cair muito devido à possibilidade de perda de produtividade", disse o analista.

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