segunda-feira, 30 de agosto de 2010

PERSPECTIVA: DEMANDA E INDICADORES TÉCNICOS DÃO SUSTENTAÇÃO À GRÃOS.

A perspectiva de firme demanda e indicadores técnicos favoráveis devem dar sustentação ao mercado de grãos esta semana. Hoje o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulga os dados sobre embarques, que devem confirmar o forte ritmo das exportações do país. Na bolsa de Chicago os participantes estarão atentos às condições climáticas na etapa final de desenvolvimento das lavouras de soja, cuja colheita ganha força em setembro. A previsão climática aponta clima seco e temperaturas elevadas no Meio-Oeste, principal região produtora dos Estados Unidos, o que ainda pode prejudicar o potencial de produtividade da oleaginosa.
Os fatores técnicos também ajudam a sustentar os contratos futuros da soja. Na semana passada, o mercado chegou a testar o piso de US$ 10/bushel, mas voltou a subir acompanhando o movimento de outros mercados. Diante do viés de alta, analistas já trabalham com a possibilidade de um novo teste da máxima de US$ 10,50/bushel, registrada no início de agosto.
A indefinição sobre o cenário de oferta e a demanda da Rússia e Ucrânia, onde a produção foi prejudicada por severa estiagem, garante a sustentação do mercado de trigo norte-americano. O Ministério da Agricultura da Rússia reduziu a estimativa de produção para 41 milhões de toneladas, 2 milhões de toneladas abaixo do número apontado no último relatório do USDA. Embora o volume de trigo disponível no mercado global seja mais que suficiente para atender a demanda, os participantes acompanham a condição dos produtores na região do Mar Negro e também no norte da Europa, observa o analista da Newedge, Daniel D'Ávila.
No milho, o foco está no rendimento das lavouras que estão em fase inicial de colheita no Delta do Mississippi. Os primeiros lotes apresentaram produtividade abaixo do estimado inicialmente, o que pode reduzir o volume disponível para exportação, justamente, em um período de forte demanda pelo cereal norte-americano. Também neste mercado, o cenário técnico favorece o movimento de alta, especialmente, depois que o contrato setembro rompeu a máxima de agosto, atraindo mais compras de fundos especulativos.

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