terça-feira, 31 de agosto de 2010

SOJA FECHA EM BAIXA SEGUINDO OUTROS MERCADOS.

Os preços futuros da soja encerraram em baixa nesta terça-feira na bolsa de Chicago (CBOT), devolvendo os ganhos do início do pregão, conforme outros mercados de commodities inverteram a direção, terminando em queda. O porcentual estável para a condição das lavouras norte-americanas da oleaginosa também pesou sobre os mercados.
O vencimento mais próximo, setembro, perdeu 0,98%, ou 10 cents, para US$ 10,08/bushel. Contrato mais líquido, o novembro recuou 1,22%, ou 12,50 cents, para US$ 10,10/bushel. Os fundos especulativos venderam quatro mil lotes no dia.
O mercado recuou com a fraqueza generalizada nos futuros do trigo e com as baixas em outras commodities, que reduziram o apetite dos traders a manter exposição a ativos de mais risco, disse Jack Scoville, analista da Price Futures Group, de Chicago. Sem notícias que ofereçam sustentação aos preços e a estabilidade na condição das lavouras, justamente no período em que o mercado costuma perder força com a aproximação da colheita, acrescentou o analista.
Ontem, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 64% das lavouras do país estão entre boa a excelente condição, estável em relação à semana anterior e inferior aos 69% apurados no mesmo período do ano passado. Influências baixistas dos mercados financeiros, a fraqueza do petróleo e dos metais geraram uma pressão psicológica que levaram alguns especuladores a cobrirem posições compradas nos vencimentos futuros. Também foram observadas vendas técnicas, uma vez que o mercado não conseguiu testar a resistência prevista nos gráficos, segundo Scoville.
Ao mesmo tempo, as crescentes especulações de que a área e produção podem superar a marca recorde do ciclo 2009/10 contribuiu para aumentar o tom baixista do mercado, segundo analistas. O Brasil, segundo maior produtor de soja depois dos Estados Unidos, deve expandir a área dedicada à oleaginosa em 3% a 5% na safra 2010/11, segundo analistas consultados pela Dow Jones.
Os produtos também encerraram em baixa. O óleo estendeu as perdas próximo do fechamento, diante da fraqueza dos futuros do petróleo e da expectativa de oferta abundante no mercado interno. O farelo, que operou firme na maior parte da sessão, sucumbiu no final do dia, seguindo as perdas do trigo e da soja.

MILHO ACOMPANHA TRIGO E FECHA COM DESVALORIZAÇÃO
A influência do mercado vizinho de trigo pesou sobre as cotações do milho nesta terça-feira na Bolsa de Chicago além das preocupações com a lenta recuperação da economia global. Os contratos mais líquidos, com vencimento em dezembro, caíram 2,25 cents ou 0,51% e fecharam a US$ 4,3925/bushel."Vendas de commodities ocorreram na segunda metade do pregão desta terça-feira, o que faz sentido considerando que tem sido uma semana difícil nos outros mercados, na Ásia especificamente", disse o analista Mike Zuzolo, presidente da corretora Global Commodity Analytics. Incertezas sobre a economia estimularam os traders a reduzir sua exposição ao risco no mercado.
A relutância dos compradores em esticar os avanços recentes, mesmo diante de relatos de produtividade inferiores ao esperado nas áreas do Sul dos Estados Unidos, mostra que os consumidores finais estão confortáveis em comprar quando o mercado dá uma trégua, mas não buscam puxar as cotações para as máximas, de acordo com o analista Shawn McCambridge, da corretora Prudential Bache.
A incerteza sobre o rendimento mantém os os traders confortáveis ao manter os preços num intervalo, enquanto aguardam maiores confirmações sobre a colheita em áreas que sofreram alguma pressão após a polinização, acrescentou McCambridge.
O mercado encontra suporte, no entanto, na ideia geral de que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) vai reduzir sua estimativa de produtividade de milho no próximo relatório de oferta e demanda. Mas sem uma confirmação desse cenário nos importantes Estados de Illinois e Iowa, traders continuarão adotando postura cautelosa antes do relatório de safra. Estima-se que fundos tenham vendido cerca de 10 mil contratos hoje.

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