quarta-feira, 1 de setembro de 2010

SOJA DESCOLA DE OUTROS MERCADOS E FECHA EM QUEDA.

Os preços futuros da soja fecharam em baixa hoje na bolsa de Chicago que se descolou de outros mercados de commodities, diante da ausência de notícias que ofereçam sustentação à oleaginosa. O vencimento novembro, caiu 4,50 cents, ou 0,4%, para US$ 10,0550/bushel. Os fundos venderam cerca de 4 mil lotes no dia.
O analista Tim Hannagan de Chicago, observou que não há novidades no mercado para dar algum suporte ao mercado. Ele ressalta que a demanda chinesa e a incerteza sobre a produtividade das lavouras americanas já são consideradas notícias velhas e não movimentam o mercado.
O mercado está mais focado agora no tamanho que terá a nova safra dos Estados Unidos, no próximo ano. Entretanto, como o pico da colheita só deve ocorrer nas próximas semanas, os participantes não estão dispostos a abrir mão das posições compradas antes do feriado prolongado desta semana, afirma Hannagan.
A bolsa chegou a operar em alta com o rali em outras commodities e a fraqueza do dólar, que renovaram o interesse de compras especulativas neste início de mês, mas sucumbiu diante da ausência de fatores altistas.
Os participantes observam um arrefecimento das importações chinesas de soja americana. Além disso, a perspectiva de chuvas favoráveis ao desenvolvimento das plantas na fase final da safra americana de soja nas áreas oeste e central do Meio-Oeste reduzem o temor de perdas nas lavouras deixa os compradores cautelosos. Mesmo assim, os traders devem acompanhar com atenção os relatórios de safra antes de tirar o prêmio de risco no mercado. As operações de arbitragem, com compras no milho e vendas na soja, também foram registradas no pregão. O sentimento é de que o risco ainda é maior para as lavouras de milho, destaca Hannagan.
Os traders esperam pelos dados de produtividade e produção que as consultorias divulgam antes do relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A FCStone divulgou há pouco estimativa de produtividade de 43,5 bushels/acre e produção de 92,27 milhões de toneladas. Os números vieram abaixo da projeção do mês passado, quando a consultoria apontou rendimento de 44 bushels/acre e produção de 93,30 milhões de tons.

MILHO ATINGE MÁXIMA EM 14 MESES.
Os contratos futuros de milho fecharam a quarta-feira em alta após alcançar as máximas em 14 meses, com suporte de outros mercados e preocupações com a produtividade nos Estados Unidos. Os lotes para entrega em dezembro, os mais negociados, subiram 7,50 cents ou 1,71% e fecharam a US$ 4,4675/bushel. Em seu melhor momento, registraram US$ 4,4725/bushel.
O mercado ainda encontra suporte no que é quase um consenso entre os analistas: o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos deverá reduzir sua estimativa de produtividade de milho no país no próximo relatório de safra. Há registros de que o rendimento é menor do que o esperado em áreas do Sul, o que aumenta os rumores de que a oferta global pode ficar apertada. A demanda continua é firme em países em desenvolvimento.
Segundo o analista John Kleist, da Allendale, o suporte de outros mercados permitiu que o milho esticasse a recente tendência de alta, diante do declínio do dólar, que estimulou compras de commodities (petróleo, grãos, metais) e ações.
Fundos especulativos recuperaram posições de compra neste início do mês, após a realização de lucros observada ontem, por ser o fim de agosto. Estima-se que fundos tenham comprado 12 mil lotes hoje. Segundo Kleist, os ganhos do milho desta quarta-feira estiveram mais relacionados ao fluxo de capital do que a mudanças nos fundamentos de mercado. Ele acredita que a queda da produtividade não provocará uma grande alteração material na produção. No entanto, a falta de novidades sobre fundamentos limitou os avanços, bem como a falta de vontade dos traders de puxar as cotações de modo mais agressivo por causa das incertezas sobre produtividade. Os participantes continuarão atentos a análises privadas que esclareçam a situação da produtividade das lavouras.

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