segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

CLÍMA/SOMAR: CHUVA DEVE SE CONCENTRAR ENTRE SP E PR.

A segunda quinzena de janeiro deve apresentar uma ligeira mudança no comportamento e distribuição das chuvas, em relação ao observado no início do mês. A previsão da Somar Meteorologia é que as frentes frias passem a atuar um pouco mais ao sul no período, com os episódios de chuvas mais significativos concentrados entre São Paulo e o Paraná. O volume deve diminuir de intensidade no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, que passam a ter dias com períodos de sol mais duradouros.
Conforme a Somar, a previsão de chuva para as próximas semanas se mostra muito favorável ao Paraná e ao Mato Grosso do Sul, que deve beneficiar principalmente a lavoura de soja que entra em fase crítica de desenvolvimento (floração e enchimento de grão). Há previsão de água também para Santa Catarina e para o Rio Grande do Sul, cujos episódios devem ser mais irregulares. "Em virtude do forte calor dos últimos dias, muitas vezes as chuvas vêm acompanhadas de tormentas e tempestades de vento", informa o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury. Já no Centro-Oeste, o clima continua chuvoso em Mato Grosso, enquanto em Goiás as águas devem diminuir um pouco, embora não totalmente.
Como as frentes frias vão atuar mais ao Sul nas próximas semanas, o Nordeste deve enfrentar um período de redução de chuvas, principalmente no sul e oeste, que coincide com as principais regiões produtoras de soja. A parte norte do Nordeste (incluindo parte do sertão e do agreste), em virtude da atuação de um sistema meteorológico conhecido como Vórtice Ciclônico, deve ser beneficiada com alguns episódios isolados de chuvas. No entanto, observa a Somar, ainda não representa a instalação definitiva do período de chuvas da região, o que deve ocorrer ao longo de fevereiro e, principalmente, março.
Tragédia
Segundo a Somar, a primeira quinzena de janeiro de 2011 vai ficar marcada pelo período de fortes chuvas e também pela tragédia na região serrana do Rio de Janeiro. Infortúnios à parte, pode-se afirmar, em relação à agricultura, que o clima observado nas últimas semanas está dentro de um padrão médio e típico do verão.
Para as lavouras de verão (soja, milho, algodão, feijão e arroz), em geral, as condições climáticas são favoráveis, embora as fortes chuvas, além dos graves problemas de Defesa Civil, tenham prejudicado o setor de hortaliças e frutas.
A condição mais crítica em relação ao clima para a agricultura continua sendo a seca no sul do Rio Grande do Sul, com vários municípios em estado de emergência, por causa de problema nas pastagens, falta de água para a lavoura de arroz e até no abastecimento de água para a população, informa Etchichury.
Os índices de água disponível no solo, que reflete o volume de chuvas das últimas semanas, mostra uma excelente condição de umidade do solo (acima de 90%) em grande parte do Brasil. Apenas no extremo sul do Rio Grande do Sul e no norte do Nordeste é que continuam condições críticas de umidade do solo (abaixo de 20%).
Argentina
A semana passada continuou com pouca chuva e forte calor sobre a Argentina. Na região central do país as temperaturas da tarde atingiram a casa de 40 graus. As águas continuam muito irregulares e mal distribuídas. Na semana passada, choveu apenas na região de Córdoba e na Província de Buenos Aires. As Províncias de Entre Rios e Santa Fé estão entre as mais castigadas pela falta de água. "A previsão para esta semana não muda muito, devendo ocorrer apenas alguns episódios de chuvas isoladas principalmente no norte da Argentina", informa o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury.
O calor continua intenso até o fim do mês, com temperaturas da tarde variando entre 35 e 40 graus. O aumento da evapotranspiração contribui para agravar ainda mais a má condição das lavouras.

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