segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

SOJA/AGRURAL ELEVA ESTIMATIVA DE SAFRA PARA 69,65 MILHÕES DE TONS

A AgRural elevou hoje sua estimativa para a safra 2010/11 de soja do Brasil para um recorde de 69,65 milhões de toneladas, ante 69,43 milhões na previsão anterior. O ajuste reflete reavaliação da área plantada em Mato Grosso. Se confirmada a previsão - a mais alta entre as consultorias privadas e a da própria Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a produção da oleaginosa no País nesta temporada - a safra vai superar a maior marca histórica registrada até hoje, na temporada 2009/10, quando o Brasil colheu 68,7 milhões de toneladas. "Fizemos um ajuste na área plantada porque a gente percebeu que no leste de Mato Grosso o nosso número estava subestimado. Foi só um ajuste de área, nada a ver com produtividade", explicou a analista da AgRural Daniele Siqueira à Agência Estado.
A estimativa de área plantada em Mato Grosso passou de 6,23 milhões de hectares previstos em dezembro para 6,30 milhões. Com isso, a previsão para a safra do principal estado produtor passou de 19,81 milhões de toneladas para 20,03 milhões. A produtividade foi mantida em 53 sacas por hectare. Agora, a AgRural prevê um plantio recorde no Brasil de 24,12 milhões de hectares, contra previsão de 24,05 milhões em dezembro e de 23,47 milhões em 2009/10. A produtividade média prevista para o País é de 48,1 sacas por hectare, ante 48,8 sacas/ha em 2009/10.
A estimativa da AgRural supera a da Conab, que no início deste mês estimou a produção brasileira de oleaginosa em 68,5 milhões de toneladas, e de outras empresas de análise de mercado como AgraFNP (68,3 milhões) e Céleres (68,1 milhões). Hoje, a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) manteve sua estimativa para a nova safra em 67,2 milhões de toneladas. Na semana passada, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos não fez alterações em sua previsão para a produção brasileira, que ficou em 67,5 milhões de toneladas.
De acordo com Daniele, a AgRural optou por não contabilizar ainda perdas por conta dos possíveis efeitos do fenômeno climático La Niña, quando o clima tende a ser mais seco no Sul do Brasil. Até o momento, apenas a região sul do Rio Grande do Sul, terceiro maior produtor nacional, vem apresentando problemas mais graves de estiagem. "Desde o começo optamos por manter uma linha de tendência de produtividade, sem colocar nenhuma perda por conta do La Niña porque até agora a gente não observou perda em nenhum Estado", explicou a analista.
A consultoria também divulgou sua primeira estimativa de colheita para Mato Grosso, indicando que 1% da área total foi colhida, abaixo dos 3% registrados um ano atrás. Na semana passada, levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) indicou que a colheita atingiu 0,7% da área semeada, 2 pontos percentuais abaixo do que foi observado na mesma época da temporada passada.

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