quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

SOJA/ARGENTINA: CHUVA AUMENTA EXPECTATIVA DA SAFRA.

As lavouras ressecadas de soja e milho da Argentina receberam bons volumes de chuva nesta quarta-feira. A umidade aliviou produtores e mercados internacionais de grãos, que viram forte elevação dos preços nas últimas seis semanas por causa da irregularidade de chuvas nas lavouras do país. A produtividade foi afetada e tempestades ainda estão longe de evitar um declínio. A Argentina é o segundo maior exportador mundial de milho e o terceiro maior exportador de soja. O país lidera as vendas globais de farelo e óleo de soja.
Soja - O analista da AgriPac Consultores, Pablo Adreani, elevou hoje sua previsão da safra de soja argentina para 43,9 milhões de toneladas por causa das chuvas recentes. Na semana passada, ele havia afirmado que a produção não superaria 40 milhões de toneladas, estimativa bastante inferior às iniciais, de 55 milhões de toneladas.
Ricardo Baccarin, analista da Panagrícola, disse que algumas áreas de produção do país ainda estão secas, mas "o panorama mudou muito nos últimos cinco dias". Segundo ele, "as chuvas trouxeram um alívio e, por enquanto, estão evitando perdas maiores do que as já sofridas". Ele estima que a produção de soja totalizará 47 milhões de toneladas no país.
Milho - Embora as chuvas tenham chegado a tempo de salvar a floração da soja, as safras de milho foram duramente atingidas pela forte seca ao longo de dezembro. Baccarin estima que a produção de milho argentina somará 20 milhões de toneladas, enquanto Adreani espera ver apenas 18,3 milhões de toneladas. Antes da estiagem, imaginava-se que a produção atingiria um novo recorde, superior a 26 milhões de toneladas.
Trigo - A irregularidade de chuvas atribuída ao fenômeno climático La Niña prejudicou as safras de milho e soja, mas os trigais, que amadurecem mais cedo, foram poupados e a produtividade é bastante elevada. Ontem, o ministro da Agricultura da Argentina, Julián Domínguez, declarou que a produção do país deve superar 14 milhões de toneladas neste ano. Trata-se de volume superior às 9,6 milhões de toneladas produzidas na temporada passada.
Segundo Domínguez, cerca de 7 milhões de toneladas já foram liberadas para exportação, o que deve ser o limite para esta safra. A Argentina regula rigorosamente as exportações de trigo e milho, para garantir a oferta doméstica e controlar os preços. Apesar disso, produtores disseram que o governo continua bloqueando as licenças de exportação de trigo e começaram uma greve de uma semana na segunda-feira, em protesto contra os controles das vendas externas.

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