segunda-feira, 29 de novembro de 2010

CLIMA/SOMAR: DEZEMBRO VAI COMEÇAR COM PADRÃO DE CHUVA TÍPICO DE VERÃO

A primeira quinzena de dezembro deve manter o padrão de frentes frias com atuação sobre o Sudeste. Associadas com a umidade da Amazônia, essas frentes frias devem causam chuvas sobre as áreas produtoras do Sudeste, Centro-Oeste, que passam também a registrar chuvas isoladas no período da tarde em virtude do aquecimento local, conhecidas como chuvas de verão, e que são importantes para manter um bom padrão de umidade do solo. A partir da segunda quinzena de dezembro, a previsão é de que as frentes frias atuem um pouco mais ao norte, beneficiando também as lavouras da Bahia, Maranhão e do Piauí. A avaliação é da Somar Meteorologia, em seu boletim semanal.
As condições climáticas no Sul do País não mudam muito em relação ao observado nas últimas semanas. A previsão é de pouca chuva nas próximas duas semanas, informa a Somar. A situação é melhor para o Paraná que nesta semana deve ter a ocorrência de precipitações, principalmente no fim de semana, quando algumas áreas de instabilidades também devem provocar algumas chuvas em Santa Catarina e norte do Rio Grande do Sul. "O sul do Rio Grande do Sul, no entanto, deve ter agravada a situação da estiagem observada desde outubro", informa o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury.
Novembro
O mês de novembro chega ao fim com um padrão de chuvas típico das condições de verão, ou seja, frentes frias sobre o Sudeste associadas com a umidade (convecção) da Amazônia. Conforme a Somar, em novembro também já se observou os efeitos do fenômeno La Niña, com uma redução das águas sobre o Sul, que fecha o mês com déficit no interior dos três Estados e também em São Paulo, Mato Grosso do Sul e no sul e oeste de Mato Grosso.
Segundo a Somar, os volume ficaram acima da média em novembro no Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, grande parte de Goiás, norte/nordeste de Mato Grosso e sobre partes da Região Norte.
Os índices de água disponível no solo refletem o resultado das chuvas da primeira quinzena de novembro e mostram uma recuperação da umidade nos Estados do Sudeste, Centro-Oeste e Norte. Mesmo que ainda insuficiente para repor o déficit hídrico acumulado, a umidade já consegue dar sustentação ao plantio e desenvolvimento das lavouras de verão, bem como favorece a recuperação das pastagens.
Argentina
A Somar informa que o mês de novembro foi de chuvas irregulares e mal distribuídas sobre território argentino. Enquanto algumas regiões tiveram acumulado de água variando entre 100 e 150 mm, em outras o total foi de apenas 20 a 50 mm. "As chuvas ficaram acima da média apenas no leste da Província de Buenos Aires e no centro-norte", informa Etchichury. A tendência é que essas condições não mudem muito na primeira quinzena do mês de dezembro, significando que, no geral, as principais regiões produtoras da Argentina devem continuar com pouca água.
Segundo a meteorologia, o mês de novembro, com deficiência de chuvas e ainda com algumas ondas de temperaturas baixas, configura um quadro La Niña, o que, sem dúvida, representa um quadro de risco para as lavouras de verão da Argentina, já com problemas no período de plantio. Como o La Niña deve continuar pelo menos até meados de 2011, isso pode representar um verão com menos água e alguns períodos de estiagem, o pode contribuir para uma redução no potencial de produção.

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