quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

SOJA/CHINA FECHA COM GANHOS INFLUENCIADA POR ÓLEO DE PALMA

Os futuros da soja terminaram com valorização na Bolsa de Commodities de Dalian, influenciados pelo forte rali do óleo de palma. O contrato setembro, o mais negociado, fechou com alta de 18 yuans, ou 0,4%, cotado a 4.314 yuans por tonelada. O número de contratos abertos caiu 902 lotes, para 248.152 lotes, registrando o sexto declínio consecutivo. Contudo, a redução foi menor comparada às quedas de mais de 10 mil lotes nas últimas cinco sessões.
O contrato setembro do óleo de palma encerrou com ganho de 2,1%, a 8.920 yuans por tonelada, estimulado por bons fundamentos. De acordo com a inspetora de cargas SGS, as exportações da Malásia em novembro subiram 19% ante outubro, para 1,57 milhão de toneladas, ligeiramente acima das expectativas do mercado, de 1,5 milhão a 1,56 milhão de toneladas. A Intertek Agri Services projetou os embarques em 1,51 milhão de toneladas. Fortes chuvas na Indonésia e na Malásia devem desacelerar a produção dos dois países, segundo participantes do mercado.
Analista afirma que o sentimento parece estar melhorando, conforme cada vez mais investidores pensam que as medidas de aperto monetário recentemente adotadas pelo governo chinês já foram digeridas pelo mercado. Embora isso tenha ajudado os futuros de Dalian a mostrarem sinais de recuperação nos dois últimos pregões, os investidores continuam preocupados com a crise de dívida da zona do euro e a possibilidade de Pequim ainda introduzir mais medidas para conter a inflação.
No entanto, a forte demanda por soja na China e temores sobre o impacto de um clima seco na América do Sul sustentarão os preços.

ATIVIDADE INDUSTRIAL ACELERA E PREÇO DOS INSUMOS SOBE
A atividade industrial da China se expandiu em novembro num ritmo mais acelerado do que em outubro e os preços dos insumos tiveram forte aumento, de acordo com dois indicadores concorrentes divulgados nesta quarta-feira. Os números intensificam a preocupação de que possíveis medidas de aperto monetário sejam necessárias para amenizar a alta da inflação.
O Índice dos Gerentes de Compra da China aumentou para 55,2 em novembro, de 54,7 em outubro, informou a Federação de Logística e Compra da China que emite o indicador juntamente com o Escritório Nacional de Estatísticas. Esse foi o nível mais alto do índice desde abril.
Outro medidor da atividade industrial nacional, o Índice dos Gerentes de Compras Industriais do HSBC China, subiu para 55,3 em novembro, de 54,8 em outubro, disse o HSBC Holdings. A leitura foi a maior desde março. "Isso fornece mais evidências de que as pressões inflacionárias são desconfortavelmente vigorosas e reforçará a argumentação em defesa de nova e mais urgente normalização da política monetária para manter a inflação sob controle", disse o economista Brian Jackson, do Royal Bank of Canada. Os consultados pela pesquisa do HSBC relataram falta de matérias-primas e gargalos nos canais de fornecimento, o que pode indicar mais pressões inflacionárias no curto prazo, acrescentou Jackson.
Uma leitura do PMI acima de 50 indica expansão da atividade industrial, ao passo que a leitura abaixo desse nível sinaliza contração. No PMI da Federação de Logística e Compra, o subíndice de preços dos insumos aumentou para 73,5, de 65,9 em outubro, mostrando que as pressões inflacionárias continuam a aumentar. O HSBC não informa o detalhamento de seus subíndices, mas disse num comunicado que tanto os preços dos insumos como os da produção subiram a "taxas substanciais e aceleradas". O índice de preços da produção, em particular, indicou "uma taxa substancial de inflação que foi a mais acelerada desde o início da série, em 2004".
O economista-chefe do HSBC para a China, Hongbin Qu, afirmou esperar que Pequim "aumente seus esforços de aperto quantitativo", referindo-se aos limites governamentais sobre os empréstimos bancários e à elevação do depósito compulsório. Ele previu que a China aumentará as taxas de juros de referência em mais 0,25 ponto porcentual "nos próximos meses".
Pequim adotou uma série de medidas de contenção depois que a inflação ao consumidor atingiu 4,4% ao ano em outubro, o maior índice em dois anos. No mesmo mês, o banco central elevou as taxas de juros pela primeira vez em quase três anos e em novembro aumentou duas vezes o depósito compulsório dos bancos. O governo chinês adotou também uma série de medidas administrativas para controlar os preços de itens básicos, como produtos alimentícios.

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