terça-feira, 30 de novembro de 2010

CHICAGO/SOJA FECHA EM QUEDA PRESSIONADO PELO FORTALECIMENTO DO DÓLAR

Os futuros da soja negociados na bolsa de Chicago recuaram ontem pressionados pelas vendas provocadas pelo fortalecimento do dólar. O contrato janeiro, de maior liquidez, recuou 3,50 centavos para fechar cotado a US$ 12,35 por bushel. Durante o dia, entretanto, o mercado chegou a operar em alta e na abertura do pregão a oleaginosa atingiu US$ 12,4850.
O rali do dólar devido às preocupações com a saúde econômica da Europa e a fraqueza do mercado acionário induziram traders a reduzir o risco devido às incertezas no mercado global. O mercado sofreu influência ainda da falta de confirmação de rumores de que a China comprou soja norte-americana.
"Rumores de que a China comprou três a cinco carregamentos de soja dos EUA deram suporte durante a noite, deixando os traders em busca de confirmação", disse Brian Hoops, presidente da consultoria Midwest Market Solutions.
A demanda da China, principal comprador mundial de soja, impulsionou a soja para a máxima de 26 meses neste mês devido às preocupações de que a forte demanda do país asiático estaria afetando a oferta global.
Ainda há preocupações no mercado com o tempo seco na Argentina, ainda que um certo volume de chuvas no oeste do país deva beneficiar as condições da safra.
O contrato janeiro do óleo de soja caiu 3 pontos e fechou a 50,22 centavos por libra-peso. O janeiro do farelo recuou 50 centavos, para US$ 338,60 por tonelada.

MILHO FECHA ESTÁVEL SEM NOVIDADES NOS FUNDAMENTOS
Os preços futuros de milho encerraram o dia praticamente estáveis depois de oscilar sem orientação dos fundamentos. Posição mais líquida, o vencimento março avançou 0,25 cent ou 0,05% e terminou a US$ 5,5325/bushel."Sem algumas notícias sobre fundamentos para direcionar os preços e com incertezas fora do mercado, muitos traders reduziram sua exposição ao risco e ficaram nos bastidores", disse o analista Shawn McCambridge, da corretora Prudential Bache.
A influência da dívida da União Europeia, o conflito entre as Coreias e a dúvida sobre se o Congresso dos Estados Unidos vai se comprometer com as questões relacionadas ao etanol são fatores que podem esconder os fundamentos do mercado, segundo o analista.
O que deu algum suporte às cotações é a previsão de que a Rússia compre até 3 milhões de toneladas de milho da Argentina no ano que vem, para compensar as perdas em sua safra de grãos, assolada pela seca.
A Argentina é o segundo maior produtor mundial de milho, depois dos Estados Unidos. Além disso, os argentinos vêm discutindo exportar para a China. Traders estão preocupados com que a forte demanda global possa drenar a oferta de milho, especialmente depois que a colheita dos Estados Unidos ficou abaixo das expectativas.
Enquanto isso, espera-se que as notificações de entrega relativas ao contrato dezembro da CBOT sejam moderadas nesta terça feira (primeiro dia de notificação), diante dos sinais de aperto na oferta. Analistas esperam que as notificações de entrega somem de 400 a 900 lotes. A maioria prevê algo entre 500 e 800 lotes.

TRIGO FECHA EM ALTA COM CLIMA ADVERSO NOS EUA E NA AUSTRÁLIA
Os preços futuros do trigo subiram nesta segunda-feira, com previsões de clima desfavorável em algumas regiões produtoras do mundo, aumentando preocupações com eventuais problemas no abastecimento durante o ano que vem.
Na Bolsa de Chicago os contratos com vencimento em março subiram 3,25 cents e fecharam cotados a US$ 6,9050/bushel. Na Bolsa de Kansas City o mesmo vencimento avançou 5,75 cents e encerrou o dia a US$ 7,4250/bushel.
O clima seco as Planícies do Oeste dos Estados Unidos e o excesso de chuvas no Leste da Austrália estão ameaçando a produção e a qualidade da safra global. Meteorologistas disseram que deve faltar chuva nas Planícies, enquanto há umidade demais na Austrália.
Consumidores finais estão ansiosos com possíveis problemas na oferta, depois que os preços alcançaram máximas em dois anos em agosto, quando a Rússia suspendeu as exportações de grãos por causa da estiagem. Os preços já recuaram cerca de 23% desde então.
O especialista em desenvolvimento de negócios da Bolsa de Grãos de Minneapolis, Joe Victor, comentou que "o Leste da Austrália é uma bagunça quando recebe chuva demais".
Importadores devem se voltar aos Estados Unidos por causa dos problemas de qualidade do trigo australiano, de acordo com a empresa de pesquisas agrícolas AgResource Company. A Austrália tem sido um dos cinco maiores exportadores de trigo no Mundi.

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