quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

CHICAGO/GRÃOS TERMINA EM ALTA POR DÓLAR E DEMANDA

Os futuros da soja negociados na bolsa de Chicago fecharam em alta nesta quarta feira, sustentados pelo enfraquecimento do dólar e pelas expectativas de uma demanda forte de exportação.
O contrato janeiro da oleaginosa, o mais ativo, subiu 40 centavos, ou 3,22%, para fechar cotado a US$ 12,83 por bushel. A sustentação foi dada pela fraqueza do dólar, o que impulsiona os preços de várias commodities, de grãos a petróleo. O fortalecimento do petróleo também influenciou na alta da soja já que o biodiesel é feito a partir de óleo de soja, disseram traders."O nome do jogo hoje foi comprar tudo", disse Dale Durchholz, analista da consultoria AgriVison.
Os investidores também comemoraram a melhora nos dados do setor manufatureiro da China, o que foi considerado com um bom sinal de demanda futura, disseram analistas. A China é o maior comprador mundial de soja e tem adquirido o grão norte-americano a um ritmo recorde. "A economia da China permanece forte o suficiente para (o país) manter sua substancial" compra de commodities, disse Brian Hoops, presidente da corretora Midwest Market Solutions.
No mês passado, os futuros da soja alcançaram a máxima de 26 meses devido às preocupações de que a forte demanda da China pudesse afetar a oferta. Desde então os preços recuaram 4%.
Os traders permanecem atentos à situação da oferta global porque áreas importantes da América do Sul precisam de chuva. A previsão é de um clima principalmente seco e cada vez mais quente para a Argentina no final de semana e no início da próxima semana, disse Mike Tannura, meteorologista da T-Storm Weather.
A Argentina é o terceiro maior exportador de soja do mundo, depois de Brasil e EUA. Segundo analistas, a forte demanda da China tem elevado a importância de uma ampla safra global.
O contrato janeiro do farelo subiu US$ 7,80, ou 2,29%, para fechar cotado a US$ 348,50 por tonelada. O janeiro do óleo ganhou 161 pontos, ou 3,16%, para 52,61 centavos por libra-peso.

MILHO: CHICAGO FECHA EM ALTA DE 4,1% COM INFLUÊNCIA DO TRIGO
A forte valorização do trigo no mercado americano impulsionou os preços futuros do milho negociado. A depreciação do dólar frente a uma cesta de moedas e preocupações com a safra da Argentina permitiram o movimento. Os contratos de milho com vencimento em março, os mais movimentados, dispararam 22,25 cents/lb ou 4,09% e fecharam a US$ 5,6625/bushel.
A previsão de clima seco na Argentina também deu suporte ao milho. Analistas disseram que a safra de 2010 dos Estados Unidos foi decepcionante e é esperado um aperto na oferta global em 2011, pois o mundo não receberá bem uma eventual quebra na safra argentina.
Tecnicamente, o mercado rompeu médias móveis importantes, inclusive a de 50 dias, o que poderá inspirar mais compras na quinta-feira, de acordo com analistas. Embora muitos digam que o mercado ainda tenha potencial de valorização, por causa da projeção de restrição na oferta, outros ponderam que a demanda para exportação desacelerou com preços acima dos US$ 5,50/bushel.

TRIGO/EUA DISPARA 7,2% COM QUEDA DO DÓLAR E CLIMA DESFAVORÁVEL
As cotações do trigo dispararam nesta quarta-feira, impulsionadas por fortes chuvas em áreas de produção da Austrália e pela seca nas Planícies, que alimentaram preocupações com a oferta. E a fraqueza do dólar deu suporte à maioria das commodities, desde o petróleo até os grãos.
Na Bolsa de Chicago os contratos com vencimento em março fecharam com valorização de 49,50 cents ou 7,17%, cotados a US$ 7,40/bushel. Na Bolsa de Kansas City o mesmo vencimento saltou 50,50 cents ou 6,77% e encerrou o dia a US$ 7,96/bushel.
Produtores de trigo no Leste da Austrália, tradicionalmente um importante país exportador, estão encontrando "a safra dos infernos" por causa do excesso de chuvas que impede a colheita, de acordo com Keith Perrett, presidente da Australia's Grains Research & Development Corp. A umidade piorou a qualidade de parte do trigo atingido, tornando-o inviável para produção de farinha. Isso restringe a oferta global de grãos de alta proteína usados no consumo humano. "Embora a oferta global de trigo pareça OK, quando você fala em moagem de boa qualidade e especialmente de trigo com alto valor proteico, a oferta é realmente pequena", comentou o presidente da consultoria The Money Farm, Mike Krueger.
Importadores provavelmente serão forçados a aumentar as compras dos Estados Unidos para garantir trigo de alta qualidade, segundo analistas.
O Egito importou 220 mil toneladas de trigo duro de inverno dos Estados Unidos nesta quarta-feira. Foi a segunda licitação consecutiva em que o Egito comprou exclusivamente dos Estados Unidos, sinalizando que outros países estão ficando com pouca oferta exportável, de acordo com Krueger.

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