segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

CLIMA MUDA POUCO NA ÚLTIMA SEMANA DE JANEIRO.

A condição de chuva nesta última semana de janeiro deve apresentar pouca alteração em relação ao observado na semana passada. Segundo previsão da Somar Meteorologia, as frentes frias, associadas com águas aquecidas no Oceano Atlântico próximo da costa da Região Sul, favorecem a ocorrência de chuvas significativas e concentradas entre Santa Catarina, Paraná e São Paulo.
"Há previsão de chuvas inclusive para o Rio Grande do Sul, cujos episódios devem ser irregulares e, em virtude do forte calor, muitas vezes podem vir acompanhados de tormentas e tempestades de vento", informa o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury.
No Rio de Janeiro e em Minas Gerais, a previsão é de condição de pouca chuva e predomínio de sol na semana, com episódios isolados no período da tarde, típicos do verão. "Chamamos a atenção, porém, que esse padrão muda na primeira semana de fevereiro, quando as frentes frias voltam a atuar entre São Paulo e o Rio de Janeiro. Com isso, as águas voltam a se concentrar nesses Estados e também em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, diminuindo em Santa Catarina e no Paraná", comenta Etchichury.
A parte norte do Nordeste (incluindo sertão e agreste), em virtude da atuação de um sistema meteorológico conhecido como Vórtice Ciclônico, continua sendo beneficiada com alguns episódios isolados de chuva. A situação, porém, ainda não representa a instalação definitiva do período de chuvas da região. Os volumes, aliás, diminuem na primeira semana de fevereiro.
Trégua
As chuvas deram uma trégua em Minas Gerais e no Rio de Janeiro na semana passada, facilitando assim os trabalhos de resgate e recuperação dos estragos causados no início do mês. Os maiores volumes na semana passada se concentraram no Sul do Brasil, principalmente no leste de Santa Catarina e do Paraná. Em alguns municípios o acumulado de chuva ultrapassou 250 mm em sete dias. O destaque fica para o município de São Francisco do Sul, que entre os dias 17 e 23 de janeiro teve índice pluviométrico de 500,6 mm.
Segundo a Somar, as águas da semana passada beneficiaram as lavouras do Paraná, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e do norte do Rio Grande do Sul. Mesmo má distribuídas, as águas dão sustentação para o desenvolvimento das pastagens e das lavouras, principalmente soja, que entra na fase crítica de desenvolvimento.
Em Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Tocantins e sul do Maranhão os volumes de janeiro estão dentro de um padrão médio esperado para o mês, exceto alguns episódios de chuvas mais concentrados, que eventualmente ocorrem e causam problemas de manejo das lavouras. Em contrapartida, no sul do Rio Grande do Sul, nordeste de Minas Gerais, Bahia e no sudeste do Piauí, a situação preocupa por causa da falta de água em janeiro.
O índice de água disponível no solo indica uma excelente condição de umidade do solo (maior do que 90%) em grande parte do Brasil. Apenas no extremo sul do Rio Grande do Sul e em partes do Nordeste do Brasil (Bahia, Sergipe e Alagoas) é que continuam condições críticas de umidade do solo (menor do que 20%).
Argentina
A semana passada foi marcada por episódios de chuvas muito irregulares e mal distribuídas na Argentina, que é um padrão típico do verão. "Só que desta vez as chuvas, mesmo irregulares, beneficiaram importantes regiões produtoras das Províncias de Buenos Aires, Entre Rios e Santa Fé, além do norte da Argentina", informa Etchichury. No entanto, embora as regiões beneficiadas tenham as condições da estiagem amenizadas, isso não representa uma mudança de padrão e muito menos de regularização, observa ele.
A previsão para esta semana não muda muito, devendo ocorrer apenas alguns episódios de chuvas isoladas, principalmente no norte da Argentina. O calor também continua intenso, com temperaturas da tarde variando entre 35 e 40 graus.
A tendência é que as águas diminuam ainda mais a partir da primeira semana de fevereiro, quando as frentes frias voltam a atuar mais sobre o Sudeste e o Centro-Oeste do Brasil. A Argentina deve voltar a enfrentar período de pouca água, ainda agravado pela presença do fenômeno La Niña, que deve atuar pelo menos até a metade de 2011.

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