segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

SOJA/CÉLERES: COMERCIALIZAÇÃO ATINGE 45% DA SAFRA.

A comercialização antecipada da safra de soja 2010/11 do Brasil atingiu 45% da produção estimada em 68,1 milhões de toneladas, avanço de 1% em relação à semana anterior e ante 25% na mesma época da temporada passada, de acordo com relatório divulgado hoje pela Céleres.
Segundo a consultoria, a ligeira queda nos preços domésticos, em linha com as cotações de curto prazo no mercado internacional, explica o pequeno avanço na comercialização. Na semana passada, os preços oscilaram bastante, pressionados pelo tempo favorável na Argentina. A consultoria prevê, entretanto, que os preços devem se manter em patamares elevados.
Em seu último acompanhamento da safra, a Céleres estima que 12% das lavouras tenham atingido a etapa de maturação e estejam prontas para a colheita, contra apenas 3% na semana até 14 de janeiro e 7% na temporada passada. Já 37% das lavouras passaram para a fase de enchimento de grãos, contra 25% na semana anterior e 33% na mesma época da temporada 2009/10.
"A tarefa mais difícil para esse ano será acertar o melhor momento para vender grandes parcelas da produção. O cenário fundamental está sinalizando a cada dia novos pontos de alta para a formação do preço", avaliou a Céleres, destacando que os preços estão altos no momento em que começa a colheita no Brasil, época em que normalmente os valores de exportação costumam reportar deságio sobre os preços futuros de Chicago.
A soja vem sendo negociada na casa de US$ 14 por bushel na CBOT, valor que não era visto desde meados de 2008, o que, somado à firmeza da demanda interna e externa, resulta nos atuais patamares de preços pagos pela oleaginosa. Segundo as referências de venda via paridade de exportação, considerando a primeira posição negociada em Chicago, o preço em Passo Fundo chegou a R$ 49,63 por saca segundo a Céleres. "Porém, o que chama a atenção é que em alguns momentos o (preço) tão esperado R$ 50/saca foi alcançado", destacou a consultoria.
América do Sul - As preocupações com o tamanho das safras da América do Sul vêm dando sustentação às cotações da soja, principalmente frente às expectativas de estoques precariamente baixos nos Estados Unidos no final da temporada. Uma produção fraca na região desviaria a demanda para os Estados Unidos, maior exportador mundial.
Segundo a Céleres, mesmo com um incremento de 1% na área semeada na América do Sul, os rendimentos médios não devem repetir a marca de 2.883 quilos por hectare, caindo para 2.680 quilos no ciclo atual. Já a estimativa de demanda total de soja na América do Sul foi calculada em 132,5 milhões de toneladas, ante 125,5 milhões de t em 2009/10, enquanto a oferta foi mantida em 136,4 milhões de toneladas, considerando estoques iniciais de 11 milhões de toneladas.

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