Os futuros da soja terminaram com forte queda na Bolsa de Commodities de Dalian, conforme investidores embolsaram lucros, influenciados pelas perdas no pregão eletrônico da Bolsa de Chicago e por preocupações com a política monetária da China.
O contrato janeiro, o mais negociado, fechou com baixa de 2,4% nesta quarta-feira, cotado a 4.440 yuans por tonelada (6,58 yuans = US$ 1). O grão, contudo, se saiu melhor que os óleos de palma e de soja, que caíram 3,5% e 3,3%, respectivamente. Os óleos comestíveis são o principal alvo do governo nos esforços de acompanhamento de preços durante o feriado.
Investidores estão vendendo posições para reduzir a exposição ao risco antes de uma pausa de sete dias, que começa em 2 de fevereiro, afirmou Huang Xiao, analista da Capital Futures Co. As vendas são parte de uma correção técnica alavancada pela aproximação do Ano Novo Lunar e por incertezas sobre a política de aperto monetário do governo, após um estável aumento dos preços nas últimas semanas graças em meio à sólida demanda global e aos temores sobre uma seca na Argentina, explicou Huang.
Um dólar mais firme e um crescimento econômico menor que o esperado no Reino Unido também pressionaram o sentimento na sessão eletrônica da CBOT, segundo ele. Além disso, chuvas começaram a melhorar as condições de desenvolvimento da safra argentina em algumas áreas do país.
O período do feriado coincide com o pico da temporada de consumo, mas o mercado à vista não fornece suporte, já que o governo tem tratado a estabilidade dos preços como prioridade, liberando parte das reservas de soja e de óleos comestíveis para garantir ofertas adequadas.
BANCOS ELEVAM JUROS SOBRE EMPRÉSTIMOS.
Alguns bancos da China elevaram fortemente as taxas cobradas sobre empréstimos para controlar o crescimento do crédito, em seguida a um acentuado aumento nos novos empréstimos neste mês, afirmou o China Securities Journal, citando fontes do setor.
Segundo o jornal, as taxas de empréstimos cobradas por um banco estatal de tomadores de empréstimos do setor industrial que são altamente poluentes ou possuem excesso de capacidade são 45% mais altas do que a taxa de empréstimo de referência do governo, enquanto as taxas sobre imóveis são ao menos 10% mais altas.
Outro banco comercial elevou as taxas de juros sobre empréstimos para pequenas e médias empresas em cerca de 40%, mas a demanda por crédito continua forte, disse o jornal.
Os bancos geralmente oferecem taxas mais baixas do que a de referencia do governo para atrair clientes corporativos. No entanto, agora as instituições estão tentando limitar o crédito porque já usaram quase toda a cota permitida para janeiro.
O governo da China tem tomado diversas medidas para frear a expansão do crédito no país, como parte dos esforços para limitar a alta da inflação.
MILHO: CHINA PODE IMPORTAR ATÉ 7 MI T DOS EUA EM 2011.
A China pode importar toda a sua cota de 7 milhões de toneladas de milho norte-americano neste ano, em resposta à pressão cada vez maior da demanda por parte da indústria pecuária, afirmou nesta quarta-feira Thomas Dorr, presidente do Conselho de Grãos dos Estados Unidos.
Segundo ele, a importação de grãos secos de destilaria (DDGs, na sigla em inglês) dos Estados Unidos ainda pode atingir 3 milhões de toneladas, embora o governo chinês tenha aberto uma investigação antidumping em dezembro, elevando as tensões no comércio bilateral de commodities agrícolas.
Os embarques de DDGs norte-americanos - subproduto do etanol à base de milho usado principalmente como ração animal - para China subiram quase cinco vezes entre 2009 e 2010.
Enquanto Pequim lida com a questão da segurança alimentar, o que Dorr classificou como uma legítima e "responsável" preocupação política, o crescimento anual de quase 8% da indústria de ração animal intensificou o consumo de milho e de grãos secos de destilaria no país asiático. "Eu não ficaria surpreso se a China importasse as 7,4 milhões de toneladas da cota tarifária de milho neste ano", explicou ele.
A demanda por DDGs dos Estados Unidos, no entanto, "desacelerou consideravelmente" após as investigações antidumping do governo chinês, revelou Dorr. Sem elas, a China poderia ter importado 6 milhões de toneladas, o dobro em relação a 2010.
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