segunda-feira, 27 de setembro de 2010

CHUVAS DEVEM RETORNAR AO SUDESTE E CENTRO-OESTE.

Com a chegada da primavera na semana passada ao poucos se observa uma mudança no padrão climático em relação ao verificado ao longo de todo o inverno. As frentes frias nos próximos 15 dias passam a atuar mais entre o litoral do Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro e, com isso, favorecem a organização de chuvas nesses Estados e também no interior de Minas Gerais, especialmente no sul e no Triângulo Mineiro. A avaliação é da Somar Meteorologia, em seu boletim semanal divulgado hoje. Conforme a meteorologia, as chuvas no Paraná e em Mato Grosso do Sul persistem nos próximos dias, o que favorece o plantio da lavoura de soja e milho.
A presença da frente fria sobre o Sudeste aos poucos também favorece a organização da convecção tropical (nuvens de chuvas) sobre o interior da Região Centro-Oeste. "No decorrer desta semana já devem ocorrer algumas chuvas isoladas no sul de Goiás e em Mato Grosso", informa o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury. Ele ressalta, porém, que as chuvas ainda devem ocorrer de forma muito isolada e insuficiente para oferecer condições ideais para plantio. Para essa região a expectativa é que as chuvas retornem de forma mais frequente e com condições para plantio após o dia 10 de outubro.
Para Bahia, Maranhão, Piauí e Tocantins, o retorno das águas deve retardar um pouco mais. A expectativa é de alguns episódios de chuvas isoladas na segunda quinzena de outubro. As condições de plantio (solo úmido), no entanto, devem ocorrer de forma gradual e variando de uma região para outra. De um modo geral, essa situação favorável ao plantio deve se consolidar somente no decorrer de novembro. De acordo com a Somar, nas próximas semanas as chuvas diminuem no Rio Grande do Sul, o que favorece o plantio das lavouras de verão, especialmente soja e arroz, cujo plantio já estava sendo atrapalhado pelo excesso de água em setembro.

Primavera
A primavera começa com uma condição climática bem típica da estação. Diferentemente do que se observou durante todo o inverno, as frentes frias da semana passada puderam atuar sobre o Sudeste, além do Sul do Brasil.
Os maiores volumes de água na semana ficaram concentrados no norte do Rio Grande do Sul e sul de Santa Catarina. O destaque na semana, no entanto, foi a chuva no Paraná e em Mato Grosso do Sul, interrompendo período seco. Com isso, as condições se tornaram favoráveis ao plantio das lavouras de verão, em especial a lavoura de soja.
Já sobre a Região Sudeste, os maiores volumes se concentraram sobre São Paulo e sul de Minas Gerais, beneficiando as culturas de cana-de-açúcar, laranja e café. Grande parte de Minas, Espírito Santo e Rio de Janeiro ainda sofre com a estiagem e os índices de água disponível no solo continuam críticos. Segundo a Somar, a semana também foi totalmente seca em Mato Grosso, Goiás e no interior da Região Nordeste. Essas áreas continuam sofrendo com o longo período sem água e com as altas temperaturas.

Lavoura americana
A última semana de setembro deve ser seca e sem previsão de frio extremo e risco de ocorrência de geadas nas lavouras do Meio-Oeste americano, favorecendo assim a finalização e o processo de colheita. No entanto, conforme a Somar, deve chover forte na faixa leste dos Estados Unidos nesta semana, muito provavelmente por causa da propagação de sistemas (tempestades tropicais ou furacões) provenientes do Oceano Atlântico.
A tendência para o início de outubro, no entanto, é de pouca chuva sobre o Meio-Oeste americano. A partir da segunda semana, há previsão de queda acentuada da temperatura, inclusive com risco de formação de geada, principalmente nas regiões produtoras localizadas mais ao norte, próximas da fronteira com o Canadá.

Argentina
O mês de setembro confirma um padrão típico da primavera, com chuvas sobre grande parte do território argentino, incluindo as principais regiões produtoras de milho e soja.
Para a primeira quinzena de outubro a tendência é de pouca chuva e temperaturas em gradual elevação, informa a Somar. "As chuvas desse período são importantes para uma reposição e regularização dos níveis de umidade do solo, que são fatores importantes e determinantes para as condições de plantio que ocorrem entre outubro e novembro (primeiro plantio) e dezembro (segundo plantio)", conclui Etchichury.

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