segunda-feira, 27 de setembro de 2010

PERSPECTIVA: CLIMA E FLUXO ESPECULATIVO ELEVAM VOLATILIDADE.

As preocupações com o clima continuam ditando os rumos das cotações das commodities agrícolas negociadas no mercado futuro da Bolsa de Chicago. Os preços do milho e soja subiram na semana passada, impulsionados pelos temores em relação ao impacto das chuvas que dificultam o avanço da colheita e podem prejudicar a produtividade das lavouras nos Estados Unidos, e com a estiagem que está atrasando o plantio no Brasil.
A volatilidade aumenta ainda mais como o crescimento do fluxo do capital especulativo para o mercado de commodities agrícolas, em função da desvalorização do dólar em relação a outras moedas. O expressivo volume de compras dos fundos deixa o mercado mais vulnerável a movimentos de realizações de lucro, que podem pressionar as cotações no curto prazo.
O destaque é o milho, cujos preços atingiram os maiores valores dos últimos dois anos, por causa do atraso da colheita provocado pelas chuvas, que também causaram quebra na produtividade das lavouras do Meio Oeste dos Estados Unidos. O mercado segue de olho nas estimativas de safra das consultorias privadas, enquanto aguarda os dados oficiais do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que serão divulgados em 12 de outubro. O milho acumulou na semana passada ganho de 8,5 cents (1,7%) na Bolsa de Chicago, com o contrato dezembro cotado a US$ 5,2175/bushel.
No mercado de soja, além do atraso do plantio no Brasil e das chuvas nos Estados Unidos, o mercado encontra sustentação na demanda chinesa, que se mantém firme mesmo com a alta de preços. A cotação do contrato novembro da soja rompeu a barreira dos US$ 11/bushel na sexta-feira e segue no canal de alta. Na semana, o primeiro vencimento em Chicago acumulou ganho de 32 centavos de dólar (2,97%), cotado a US$ 11,26/bushel.
O mercado de trigo foi o mais volátil ao longo da semana passada. O principal fundamento do trigo é o temor em relação ao abastecimento mundial, em virtude da quebra de safra na Rússia, provocada pela estiagem. Na quinta-feira a cotação do contrato dezembro do trigo recuou 3,1% por causa dos dados sobre vendas externas norte-americanas abaixo das expectativas do mercado, mas na sexta-feira acompanhou o milho e a soja, fechando em US$ 7,20/bushel, em alta de 3,3%. Na semana, o contrato dezembro acumulou uma perda de 19,25 cents (2,6%).

PREÇOS DEVEM CONTINUAR EM ALTA.
Os preços globais dos grãos devem continuar em alta no quarto trimestre devido às preocupações com a produtividade nos Estados Unidos, ao clima adverso na América do Sul aos riscos de plantio da nova safra na Rússia, informou nesta segunda-feira o Rabobank.
De acordo com o banco, os preços do milho devem atingir em média quase US$ 5,25 por bushel, ante US$ 4,16 por bushel no terceiro trimestre. O trigo deve beirar US$ 7 por bushel no próximo trimestre, acima de US$ 6,48 por bushel no período de julho a setembro, e a soja US$ 10,50 por bushel, em comparação com um preço médio de US$ 10,28 bushel no trimestre atual.

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