sexta-feira, 1 de outubro de 2010

CHICAGO/SOJA FECHA EM QUEDA DE 4,5%.

As cotações da soja fecharam com queda forte na Chicago Board Of Trade puxadas pela desvalorização expressiva do mercado de milho na mesma bolsa e pelo forte ritmo da colheita nos Estados Unidos. Os fundos venderam cerca de oito mil lotes hoje.
O contrato novembro perdeu 49,75 cents (4,5%), para US$ 10,57 por bushel. Os contratos do milho com vencimento em dezembro mergulharam 30,0 cents (limite de queda da bolsa), ou 6,05%, e fecharam a US$ 4,6575/bushel.
Rich Nelson, diretor de pesquisa da Allendale Inc., do Illinois, avaliou que a queda do milho foi tão forte que o mercado de soja não teve como se proteger do ataque desencadeado por investidores querendo reduzir sua exposição comprada nos mercados de grãos. A previsão de tempo seco no Meio-Oeste dos EUA, que ajudará a acelerar a colheita, mudou o comportamento altista de muitos participantes.
"Quando a disponibilidade de soja é maior que a demanda no mercado físico, as bases tendem a se alargar", comentou Dave Marshall, consultor de comercialização de commodities, em Nashville.
A demanda pela soja norte-americana continua forte, mas neste momento não serviu como fator de suporte. Assim, preços acima de US$ 11/bushel parecem muito mais arriscados agora do que semanas atrás, disse Rich Nelson. No mercado de derivados, os futuros acompanharam a queda da soja com vendas de fundos.

MILHO DESPENCA 6%, INFLUÊNCIA DE ESTOQUE
Os preços futuros do milho despencaram nesta sexta-feira e terminaram a sessão no limite de baixa. Os contratos com vencimento em dezembro mergulharam 30,0 cents ou 6,05% e fecharam a US$ 4,6575/bushel.
Investidores continuaram liquidando posições compradas após a divulgação do relatório trimestral de estoques do governo, considerado baixista. O CME Group, dono da bolsa, informou em seu site que amanhã o limite de variação será aumentado para 45 cents.
O relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mostrou que a oferta dos estoques em 1º de setembro era 20% maior do que os analistas esperavam. Isso amenizou as preocupações com a possibilidade de que a safra americana deixasse a oferta apertada no ano seguinte.
Traders acrescentaram que o clima é melhor em importantes regiões produtoras do mundo, o que reduz os rumores sobre a oferta global, ao menos por enquanto.
Estima-se que fundos tenham vendido cerca de 30 mil contratos hoje. Fundos especulativos mantiveram ampla posição comprada nas últimas semanas e muitos podem deixar o mercado agora para embolsar lucros.
"Temos alguns fundos que recentemente estabeleceram posições compradas", disse o analista Joel Karlin, da empresa de rações Western Milling. "E eles estão começando a se garantir agora." O analista disse que consumidores finais provavelmente vão limitar perdas mais expressivas, mas um trader afirmou que "se fosse um consumidor final, só seria paciente neste momento". Alguns analistas acreditam que a tendência de queda do mercado pode ser limitada por consumidores finais, mas outros discordam dizendo que os argumentos para preços mais altos foram derrotados.
Traders disseram que os dados do USDA eliminaram a necessidade de que haja um racionamento da demanda. Os preços caíram 11% em relação às máximas da semana passada. "Do ponto de vista técnico, definitivamente houve algum dano hoje, não há dúvidas", disse Jason Ward, analista Northstar Commodity.

TRIGO VOLTA A CAIR FORTE, INFLUÊNCIA DO MILHO
Os preços futuros do trigo caíram com força hoje, pressionados especialmente pela queda expressiva das cotações do milho no mercado americano.
Na Bolsa de Chicago, os lotes mais negociados, para entrega em dezembro, fecharam a US$ 6,55/bushel, em baixa de 19,0 cents ou 2,82%. Na bolsa de Kansas City, o mesmo vencimento cedeu 18,50 cents ou 2,61% e encerrou a US$ 6,8925/bushel. Embora a demanda para exportação seja um fator de suporte, não foi capaz de compensar a pressão externa.
O mercado vem acompanhando a direção do milho porque ambos os grãos são usados como ração animal. O trigo não tem novidades nos próprios fundamentos porque as exportações diminuíram e as chuvas melhoraram a perspectiva de produção na Rússia.
O trigo recuou cerca de 22% em relação as máximas em dois anos, alcançadas quando a Rússia, importante produtor, anunciou a suspensão das exportações por causa de uma seca histórica. Mas aparentemente os traders já assimilaram essas perdas na safra e também outras ameaças à produção.
O analista Dale Durchholz, da AgriVisor, afirmou que "todo mundo está um pouco mais confortável com o trigo, porque recebemos alguma umidade". Ele acrescentou que "agora temos de dizer que podemos ter uma safra OK no próximo ano."Estima-se que fundos tenham vendido cerca de 5 mil contratos hoje, um volume moderado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Arquivo do blog

Quem sou ?

Minha foto
SÃO PAULO, CAPITAL, Brazil
CORRETOR DE COMMODITIES.

whos.amung.us

contador de visitas