segunda-feira, 19 de julho de 2010

FRENTE FRIA DEVE CONCENTRAR CHUVA ENTRE RS E SC

A semana começa com instabilidade e condição de chuvas no Sul do Brasil, que deve se intensificar a partir da quarta-feira (21), quando uma nova frente fria chega ao Rio Grande do Sul. A expectativa é de que as chuvas se concentrem mais entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, informa a Somar Meteorologia em seu boletim semanal. No Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo o tempo volta a ficar firme. O período sem água deve se estender até o fim do mês.
O tempo continua seco sobre Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e interior da Região Nordeste. Nos próximos dias o quadro de seca deve ser agravado por causa da elevação da temperatura. "Até o fim do mês persistem as chuvas no leste do Nordeste, mas que devem ser de menor intensidade e passageiras, alternando com período de sol, inclusive sobre o Recôncavo Baiano, que registrou fortes chuvas na última semana", informa o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury.

Temperatura
A forte massa de ar de origem polar, responsável pelo frio intenso e formação de geada na semana passada, já se enfraqueceu. Com isso, a semana começa com as temperaturas em elevação no Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Nesta semana o frio permanece intenso apenas sobre o Rio Grande do Sul, com risco de geadas no sul e oeste do Estado.
Para as próximas duas semanas não há previsão de frio extremo no Brasil. De acordo com a Somar, as temperaturas se elevam rapidamente no decorrer desta semana sobre o Sudeste e o Centro-Oeste, com sensação de calor no período da tarde.
Conforme a Somar, na semana passada uma forte frente fria causou chuvas sobre os três Estados do Sul do Brasil e também sobre o sul de Mato Grosso do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro. "Essas chuvas podem até atrapalhar o manejo e alguns processos operacionais de algumas lavouras, mas não comprometem a produção das culturas de inverno dessas regiões", informa Etchichury.
Já o Brasil Central continua enfrentando período seco, que em algumas regiões se estende desde abril. Esse longo período sem água favorece a finalização da colheita (cana-de-açúcar, café, laranja, algodão e milho safrinha) mas, em contrapartida, começa a comprometer o desempenho da próxima safra.
A Somar relata que o frio e geadas no Sul do Brasil foram destaque na semana passada, mas estão dentro do cenário climático para esta época do ano. Os sistemas de produção agrícola, no entanto, não ficaram comprometidos. Pelo contrário, foram beneficiadas as culturas de inverno, como trigo, cevada e fruticultura de clima temperado.
As chuvas da semana passada mantiveram altos os índices de água disponível no solo sobre o Sul do Brasil, sul de Mato Grosso do Sul, sul de São Paulo e sul do Rio de Janeiro. De acordo com a Somar, também se observa uma condição boa de umidade do solo (maior do que 60%) no Norte do Brasil e no litoral das Regiões Sudeste e Nordeste.

Estados Unidos
O mês de julho vem apresentando uma condição de chuva irregular sobre o Meio-Oeste americano. Embora seja um padrão típico desta época do ano, a Somar observa que a situação já começa a preocupar, pois algumas lavouras (milho e soja) se encontram na fase crítica (floração e enchimento de grão) de desenvolvimento.
O sócio diretor da Somar observa que hoje se observam dois cenários bem distintos com relação à distribuição de chuva em julho. Nos Estados de Dakota do Norte, Dakota do Sul, Minnesota, Iowa, Nebraska, Kansas e Missouri, que representam aproximadamente 50% da produção de soja, as chuvas em julho estão acima da média.

Em contrapartida, em Illinois, Indiana, Ohio e Kentucky as chuvas do período ficaram abaixo da média. No entanto, mesmo com a redução das chuvas e elevação da temperatura dos últimos dias, o solo nesses Estados ainda não apresenta déficit hídrico.
Segundo a Somar, o tempo não muda muito sobre o Meio-Oeste americano nas próximas semanas. O tempo permanece quente e com chuvas isoladas, em virtude da propagação de áreas de instabilidades típicas do verão. "É importante observar, porém, que para esta semana há previsão de chuvas, exatamente sobre as regiões mais secas", comenta Etchichury.

O padrão climático típico do verão americano, com chuvas irregulares e temperaturas elevadas, deve persistir até o fim do mês sobre as principais áreas produtoras de milho e soja. Apenas sobre o Sul dos Estados Unidos, incluindo a região da Flórida, é que há previsão de chuvas em maiores volumes, principalmente para a última semana de julho, por causa da propagação de sistemas tropicais provenientes do Oceano Atlântico e Golfo do México. Mas não há, por enquanto, previsão de furacão.

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