quinta-feira, 22 de julho de 2010

SOJA: CHICAGO FECHA ESTAVEL, REALIZAÇÃO DE LUCROS LIMITA GANHO.

Os preços futuros da soja encerraram em alta hoje na bolsa de Chicago mas realizações de lucro no final da sessão por especuladores e empresas comerciais limitaram os ganhos do dia. O vencimento agosto recuou 0,75 cent, ou 0,07%, ou US$ 0,16/bushel. O contrato novembro, mais ativo, subiu 1 cent, ou 0,1%, para US$ 9,7950/bushel. Estima-se que os fundos compraram cerca de dois mil lotes no dia.
O mercado ainda é sustentado pela restrita oferta de grão no disponível, demanda firme e incerteza quanto ao impacto do clima na fase mais crítica de desenvolvimento das plantas nos Estados Unidos. Entretanto, como todos estes fatores altistas são amplamente conhecidos, é difícil sustentar um rali de preços sem outras notícias que ofereçam sustentação ao mercado, observou um analista da Allendale Inc., McHenry, Illinois. Kleist considera que algumas operações de hedge dos Estados Unidos e da América do Sul limitaram os ganhos, quando o mercado atingiu as máximas da sessão. Segundo ele, a inabilidade do mercado de testar as máximas da semana passada levou os traders a cobrir algumas posições compradas, segundo o analista.
Mesmo assim, a sólida demanda, a ameaça de seca na área do Delta e a restrição de oferta no curto prazo mantém um piso para os preços. As lavouras desta região sãos as primeiras colhidas nos Estados Unidos e, tradicionalmente, suprem o déficit de oferta entre a safra velha e a nova, até a entrada da produção do Meio-Oeste, entre setembro e outubro. Além destes fatores, a queda do dólar e a forte alta dos preços futuros do petróleo estimularam as compras de especuladores. Nos produtos, o farelo fechou em baixa, no menor valor em uma semana. A firmeza do petróleo e a ausência de notícias altistas para o produto encorajaram os traders a desfazer as operações de spread entre o farelo e o óleo, segundo analistas da bolsa. O vencimento agosto perdeu US$ 3,10, ou 1%, e terminou a US$ 300,20/tonelada. Estima-se que os fundos venderam cerca de dois mil lotes neste mercado.
Os futuros do óleo de soja tiveram um rali, impulsionados por compras técnicas e de especuladores. A influência altista do petróleo levou a commodity a manter trajetória de alta, por conta dos ajustes nas operações de spread, observou Kleist. O vencimento dezembro subiu 65 pontos no dia, ou 1,7%, alta de 39,70 cents/lb. Os fundos especulativos compraram cerca de quatro mil lotes no dia.

MILHO FECHA DESVALORIZADO EM MOVIMENTO TÉCNICO.

Os preços futuros do milho caíram diante do que os traders chamaram de um dia tecnicamente baixista. O mercado chegou a registrar firme valorização no início do dia, mas cedeu quando o trigo limitou seus ganhos. O contrato de milho mais líquido, com vencimento em dezembro, fechou com perdas de 3,25 cents ou 0,83%, a US$ 3,9025/bushel.
Os fundamentos do milho são considerados negativos para os preços neste momento, por causa do clima favorável para a safra dos Estados Unidos. As previsões não indicam muito calor ou seca, por enquanto. Embora o Departamento de Agricultura - USDA-tenha relatado sólida exportação nesta semana, os traders disseram que as bases, diferença de preço entre os mercados futuro e à vista, estão caindo. Eles acrescentaram que os fundamentos não têm sido
grande influência para o mercado.
O milho superou a máxima de quarta-feira, mas fechou abaixo da mínima de quarta-feira. "Tecnicamente, isso não parece bom", disse o analista Joe Victor, vice-presidente de marketing da Allendale. Ele disse que os produtores têm vendido enquanto os preços estão entre US$ 3,90 e US$ 4,0/bushel. Outros dizem que ainda há variações na safra que sustentam as cotações. Os futuros de milho foram na contramão do petróleo e das ações, que subiram hoje. Um trader comentou que alguns fundos podem ter movimentado seu capital dos mercados de grãos para o petróleo.

TRIGO TERMINA EM ALTA COM SECA E COMPRAS DE FUNDOS.
Os contratos futuros de trigo encerraram a quinta-feira com valorização, embora tenham limitado os ganhos depois de atingir as máximas. Compras de fundos e preocupações com a seca na região do Mar Negro foram influências positivas. Na Bolsa de Chicago os lotes para entrega em setembro subiram 8,25 cents ou 1,40% e fecharam a US$ 5,9650/bushel. Na Bolsa de Kansas City o mesmo vencimento terminou a US$ 6,1175/bushel, em alta de 10,25 cents ou 1,70%.
O trigo se fortaleceu com a expectativa de que a seca venha a reduzir as exportações da região do Mar Negro e abrir as portas para a expansão das vendas do cereal dos Estados Unidos. Os americanos competem no mercado internacional com países como Rússia e Ucrânia. O calor e a seca arruinaram 24 milhões de acres (9,71 milhões de hectares) de terras agrícolas na Rússia, de acordo com o Ministério da Agricultura do país. Isso representa cerca de um terço dos campos em 23 regiões que declararam estado de emergência por causa da seca, ou 20% do total das safras do país.
Entretanto, o analista Dale Durchholz, da corretora AgriVisor, pode ser difícil para o mercado prolongar o rali porque os preços já estão bastante elevados em relação aos confortáveis estoques finais.
Antes de limitar os ganhos hoje, o contrato setembro da CBOT alcançou US$ 6,10/bushel, maior preço desde 11 de janeiro e máxima desde junho de 2009. Neste mês, acumulou alta de 24%. "As pessoas têm de acordar para o fato de que não estamos a US$ 4,50. Estamos a US$ 6", afirmou Durchholz. Estima-se que fundos tenham comprado cerca de 6 mil contratos em Chicago.

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