quarta-feira, 21 de julho de 2010

GRÃOS : CHICAGO FECHA EM ALTA;DEMANDA E CLIMA INCERTO SUSTENTAM PREÇO.

Os preços futuros da soja encerraram em alta nesta quarta-feira na bolsa de Chicago. O mercado manteve o movimento de recuperação iniciado no começo desta semana, sustentado pela firme demanda e pela incerteza do clima nas áreas produtoras norte-americanas. O vencimento agosto subiu 3,50 cents, ou 0,3%, para US$ 10,1525/bushel. O contrato mais ativo, base novembro, teve alta de 5,50 cents, ou 0,5%, para US$ 9,7850/bushel. Os fundos especulativos compraram cerca de quatro mil lotes no dia, segundo estimativas do mercado. A atividade dos fundos é uma referência do fluxo de recursos neste mercado.
A firme demanda, puxada por compras de soja dos Estados Unidos pela China, a oferta restrita do grão da safra 2009/10 e a incerteza do clima no período que antecede a fase mais crítica de desenvolvimento das lavouras são os fatores que sustentam os preços, de acordo com o analista Chad Henderson de Wiscosin.
Os modelos climáticos de longo prazo apresentam cenários diferentes, por isso, enquanto existirem dúvidas sobre o rendimento e a produção de soja nos Estados Unidos, os traders estarão dispostos a comprar contratos nos recuos da bolsa e manter o prêmio de risco, acrescentou Henderson.
Agosto é o período mais crítico para as lavouras de soja, por ser a fase de formação de vagens e enchimento de grãos, determinantes para a produtividade.
Os traders antecipam que os preços devem oscilar nas duas pontas do mercado, a menos que se vislumbre alguma ameaça climática ou forte aumento da demanda. O desafio da bolsa é testar a resistência da última semana de US$ 9,9275/bushel para o contrato novembro, especialmente diante do clima favorável no curto prazo e da perspectiva de que qualquer alta mais expressiva leve a um aumento de área na América do Sul, observa Henderson.
Amanhã, o Census Bureau divulga os dados de esmagamento nos Estados Unidos, em junho, às 9 horas. Representantes da indústria consultados pela Dow Jones estimam o volume processado em 3,6 milhões de toneladas, ante os 3,64 milhões de tons apontados em maio. Amanhã também saem os dados semanais de exportação, às 9h30, referentes à semana encerrada em 15 de junho, do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. A projeção de analistas consultados pela Dow Jones variam de 400 mil toneladas a 1,150 milhão de toneladas métricas. Para os embarques de farelo de soja, os números variam de 75 mil a 175 mil toneladas. No caso do óleo de soja, eles aponta vendas entre 10 mil e 40 mil toneladas.
O farelo também segue em alta, sustentado pelo cenário de oferta ajustada do grão para esmagamento no curto prazo. O contrato agosto fechou com alta de US$ 1,80, ou 0,4%, para US$ 303,30/t. O óleo de soja seguiu na direção contrária e terminou a sessão em baixa, por conta da influência baixista do petróleo.

Os preços futuros do milho acompanharam o mercado de trigo nesta quarta-feira e terminaram o dia com elevação na CBOT. Os contratos mais negociados, com vencimento em dezembro, subiram 6,0 cents ou 1,55% e fecharam a US$ 3,9350/bushel. Traders e analistas disseram que houve um movimento de cobertura de posições vendidas.
Segundo traders, os futuros avançaram apesar da falta de notícias altistas. Eles entendem que a safra dos Estados Unidos continua apresentando boas condições. Mas os altistas dizem que isso pode variar: algumas regiões registram excesso de umidade e outras têm ambiente seco demais, fatores que podem afetar a produtividade.
O meteorologista Mike Tannura, da empresa T-storm Weather, afirmou que boa parte do Cinturão do Milho terá um dia ou dois de temperaturas elevadas até o fim da semana, mas o restante terá clima mais moderado. Ele acrescentou que, por enquanto, aparentemente as chuvas não devem chegar a algumas áreas consideradas úmidas demais, no Oeste do Cinturão. Deve chover mais no Norte, em áreas dos Estados de Missouri, Iowa e Illinois.
Os participantes do mercado acreditam que há poucos fundamentos por trás dos ganhos de hoje. "Estou um pouco desconfiado", disse um trader, referindo-se à valorização desta quarta-feira. Os traders observaram, ainda, que o mercado foi pressionado pelas perdas no petróleo e pela força do dólar, limitando os ganhos.

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