O padrão climático não muda muito nos próximos 15 dias em relação ao que foi observado na semana passada. As frentes frias atuam mais entre o Sudeste, Centro-Oeste e chegam ao Nordeste do Brasil, informa a Somar Meteorologia, em seu boletim semanal. No entanto, como é típico nesse período de transição entre o período seco (inverno) e o período chuvoso (verão), as águas, em geral, ainda são irregulares e mal distribuídas.
Já no Sul do Brasil, uma substancial redução das chuvas deve ser observada nas próximas semanas, o que foge um pouco do padrão, já que a primavera é um período bons volumes de água. "Essa mudança de padrão no Sul pode ser atribuída à presença do fenômeno La Niña, contrastando com o que foi observado no ano passado, quando a região enfrentou períodos bastantes chuvosos por causa do El Niño", diz o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury. Além disso, as temperaturas devem continuar baixas nas próximas semanas, sobretudo a temperatura noturna e na madrugada, com valores abaixo de 10 graus, o que atrapalha diretamente a fase de germinação das sementes.
Primavera
Na semana passada, de acordo com a Somar, as chuvas se concentraram sobre o Sudeste, Centro-Oeste e o Norte do Brasila, mesmo assim, ainda de forma muito irregular e mal distribuída. Os maiores volumes se concentraram entre Rondônia, Mato Grosso, sul do Pará, Tocantins e interior da Região Nordeste.
No Sul do Brasil houve uma redução das águas, que já prejudica a lavoura de arroz do Rio Grande do Sul. Em algumas regiões, os produtores têm de irrigar a lavoura para que a planta possa nascer. Os índices de Capacidade Hídrica do Solo refletem o resultado das chuvas das últimas semanas: houve uma recuperação em Goiás e Mato Grosso, enquanto a condição de plantio das lavouras de verão manteve-se boa no Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e sul de Minas Gerais.
Argentina
Conforme boletim da Somar, a semana passada manteve um padrão de pouca chuva sobre grande parte do território argentino. Os maiores volumes se concentraram sobre a Província de Buenos Aires e no extremo norte do País.
Os resultados do balanço hídrico até o dia 20 de outubro mostram duas condições bem distintas. Enquanto a faixa leste apresenta uma condição de solo ótima e até ligeiramente mais úmido, sobre a região central da Argentina se observa um solo mais seco e com indícios do começo de uma seca, que atinge inclusive algumas áreas produtoras de milho e soja.
A previsão para esta semana não muda muito em relação aos últimos sete dias: permanece a previsão de pouca chuva sobre o território argentino. "O padrão de pouca água deve persistir pelo menos até os dez primeiros dias de novembro", informa Etchichury.
As temperaturas nas próximas semanas oscilam bastantes mas, no geral, se mantêm baixas, principalmente no período noturno. Por um lado, isso contribui para diminuir a evapotranspiração, em contrapartida, retarda a elevação da temperatura do solo e consequentemente as condições de plantio.
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