As cotações da soja subiram na bolsa chinesa Dalian Commodity Exchange sustentadas pela desvalorização do dólar. A reunião do G-20 durante o fim de semana não conseguiu traçar iniciativas concretas para conter a desvalorização da moeda norte-americana e isso pesa sobre os negócios cambiais nesta segunda-feira, beneficiando os preços das commodities. O contrato setembro subiu 77 yuans para fechar em 4.509 yuans por tonelada (6,67 yuans = US$ 1).
Para analistas, soja e outras commodities agrícolas devem estender os ganhos nesta semana diante da perspectiva de desvalorização do dólar e por causa dos fundamentos. "Temos preocupações com o plantio no Brasil", o que é altista para a soja no curto prazo, considerou Jing Zhuocheng, analista Shanghai Cifco Futures. Apesar disso, outros analistas consideram que os atuais níveis de preço da soja, resultado de compras de fundos, estão acima dos fundamentos de oferta e demanda.
"A expectativa de enfraquecimento do dólar depois da reunião de política monetária do Fed (em 3 de novembro) é o principal motivo para os investidores estabelecerem posições compradas. Mas há preocupações de que essa expectativa de afrouxamento monetário já tenha sido absorvida pelo mercado", disse Jing. Na Dalian, ele calculou que o contrato da soja tem resistência entre 4.550 e 4.600 yuans por tonelada.
IMPORTAÇÃO DA CHINA CAI 2,7% EM SETEMBRO.
As importações de soja da China aumentaram 68% em setembro para 4,64 milhões de toneladas, na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com dados divulgados hoje pela Administração Geral de Alfândega do país. Ante agosto, o volume é 2,7% menor. Nos primeiros nove meses do ano, as compras subiram 24%, para 40,16 milhões de toneladas. O país é o maior importador mundial de soja e seus principais fornecedores são o Brasil, Estados Unidos e Argentina.
As importações de algodão do país dispararam 97% para 200.744 toneladas ante o mesmo período do ano passado. Ante agosto, contudo, houve queda de 16%, quando 240.119 t foram compradas. No acumulado do ano as importações da fibra dobraram para 2,15 milhões de toneladas. O país é o maior importador do mundo e compra algodão dos Estados Unidos, Usbequistão e Austrália.
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