segunda-feira, 25 de outubro de 2010

PERSPECTIVA: DEMANDA CHINESA E VENDAS DOS EUA DEVEM ORIENTAR CBOT

O mercado futuro de soja na Bolsa de Chicago segue de olho nos relatórios do Departamento dos Estados Unidos (USDA) sobre a forte demanda chinesa e o bom desempenho das vendas no mercado interno norte-americano, fatores que têm elevado as cotações aos níveis máximos nas últimas semanas. Em pouco mais de um mês as vendas externas do Estados Unidos já atingiram mais de 60% de todo volume previsto para a safra 2010/11.
Outro fundamento que irá nortear o mercado é o atraso do plantio no Brasil. Os relatórios sobre a evolução dos trabalhos de campo, que serão divulgados na sexta-feira, serão fundamentais para definir também a intenção de plantio de algodão safrinha e milho em Mato Grosso, culturas que são semeadas após a colheita da soja.
Tecnicamente, o vencimento para novembro, o mais líquido, trabalha dentro de intervalo entre US$ 11,65 e US$ 12,50/bushel. A resistência é de US$ 12,14 e US$ 12,2350 (máxima de quinta-feira passada). O suporte é de US$ 12,00 e US$ 11,88 o bushel.
No mercado futuro milho, analistas comentam que os contratos zeraram os ganhos da semana passada, quando ocorreu a máxima em dois anos. A demanda de exportações recuou e os preços acompanharam o movimento. A fraqueza do mercado da soja e a estabilização do dólar ante outras moedas também contribuíram para derrubar as cotações.
O mercado deve trabalhar nos próximos dias à espera da divulgação do relatório mensal do USDA, prometido para o dia 9 de novembro. O documento deve indicar uma redução na estimativa sobre estoques e produção do cereal, o que deve garantir alguma sustentação aos preços.
Pelos gráficos, os contratos de milho, base dezembro, mostram sinais baixistas. O objetivo é o nível de US$ 5,4275 o bushel, mas a CBOT deve romper antes US$ 5,55 e US$ 5,6175. A resistência é o nível psicológico de US$ 6,00/bushel. Antes, porém, o mercado deve testar US$ 5,70 e US$ 5,75 o bushel.
O clima seco atrasou o desenvolvimento inicial da safra de trigo nos Estados Unidos. Isso tem oferecido alguma sustentação aos preços, dizem analistas. As lavouras, no entanto, ainda precisarão de mais chuva, antes da chegada do inverno. Na CBOT, os contratos com vencimento em dezembro subiram 2,0 cents ou 0,30% na sexta-feira e fecharam a US$ 6,7075/bushel.
Participantes do mercado se concentram nos prospectos para a safra de trigo que deve ser colhida no ano que vem porque as preocupações de curto prazo com a oferta já foram assimiladas quando os futuros alcançaram máximas em dois anos, em agosto.
Graficamente, o contrato para dezembro em Chicago tem resistência psicológica a US$ 7,00 o bushel. O mercado deve romper antes, porém, US$ 6,75 e US$ 6,8775. O suporte é a mínima marcada em outubro, a US$ 6,4350 o bushel. Outros suportes são US$ 6,60 e US$ 6,67 o bushel.

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