quinta-feira, 29 de julho de 2010

CBOT-SOJA TESTA NOVA MÁXIMA E FECHA EM ALTA DE 1,6%.

Os preços futuros da soja voltaram a fechar firmes, depois de testar as máximas de duas semanas, sustentados pelos ganhos do trigo, a firme demanda e o tom de cautela quanto à condição climática no período de desenvolvimento das lavouras norte-americanas. O vencimento agosto subiu 16,25 cents, ou 1,6%, para US$ 10,2675/bushel. O contrato novembro, mais negociado na bolsa, fechou a US$ 9,88/bushel, alta de 10 cents, ou 1% no pregão. As compras de fundos foram estimadas em cinco mil lotes no dia.
O mercado ampliou a trajetória positiva da última sessão, que também foi motivada pela firmeza nos futuros do trigo. A expectativa é que a menor disponibilidade do cereal aumente a demanda do farelo para uso na alimentação animal. Mas o firme ritmo das importações chinesas do grão dos Estados Unidos e a incerteza no clima são fundamentos que sustentam o mercado, segundo Don Roose, presidente da U.S. Commodities."Vendedores estão cautelosos em tentar pressionar o mercado, apesar do clima favorável no curto prazo, já que agosto é o período de formar ou quebrar a safra de soja dos Estados Unidos", disse Roose. Os traders adicionam prêmios climáticos, conforme aumentam as incertezas na bolsa, acrescentou. Agosto é considerado o período mais crítico no desenvolvimento das lavouras, por ser o período de enchimento dos grãos, que determina a produtividade das plantas. Entretanto, o potencial de alta é limitado no curto prazo, indicando que a safra tende a apresentar bons níveis de produtividade.
Apesar da firmeza dos preços no físico, em meio à oferta restrita, analistas não esperam grande volume de entregas do vencimento agosto da soja e do farelo. O baixo nível de estoques, com sólidas exportações e firme demanda doméstica, deve reter a oferta no primeiro dia de notificação de entrega do contrato, na sexta-feira.
A restrição de oferta no curto prazo foi citada hoje como um dos fatores que afetou as margens da Bunge, que divulgou hoje seu balanço trimestral. O presidente e executivo chefe da empresa, Alberto Weisser, disse que a demanda chinesa por soja acima do esperado frente ao limitado volume de vendas de fazendeiros puxou os preços nos Estados Unidos e provocou redução das margens da companhia.
O farelo terminou em alta, sustentado pela expectativa de firme demanda pela commodity, por conta da seca que afeta a produção de trigo da Europa e Rússia. O mercado vive uma situação de mercado invertido, com o vencimento mais próximo sendo negociado com um prêmio de US$ 12 sobre as posições mais longas. O contrato agosto fechou com alta de US$ 3,70, ou 1,2%, para US$ 305,40/bushel. O dezembro subiu US$ 2,70, ou 1%, para US$ 286,90/tonelada. Estima-se que os fundos compraram cerca de dois mil lotes no dia.
Os futuros do óleo de soja fecharam firme seguindo o desempenho do complexo soja, mas também sustentado pela do petróleo e pelos dados de exportação para a China. O vencimento dezembro subiu 43 pontos, ou 1,1%, para 40 cents. Os fundos compraram cerca de 4 mil lotes no dia.
MILHO: SUPORTE DO TRIGO SUSTENTA VALORIZAÇÃO.
O mercado futuro de milho registrou hoje o nível de preço mais alto em uma semana na CBOT. O motivo foi uma combinação entre demanda firme e o suporte do mercado vizinho de trigo, além dos ganhos das commodities de um modo geral. Os contratos com vencimento em dezembro, os mais líquidos, subiram 3,0 cents ou 0,77% e fecharam a US$ 3,9375/bushel. Estima-se que fundos especulativos tenham comprado cerca de 9 mil lotes.
O trigo voltou a ser uma influência importante para o milho, já que preocupações com as safras de trigo da Europa e da Rússia alimentam o sentimento otimista. Quando os preços do trigo sobem, tendem a tornar o milho mais atrativo para produção de rações nos mercados internacionais. Traders estão assimilando a possibilidade de crescimento da demanda como resultado dos ajustes de preço do trigo.
Além disso, as firmes exportações semanais ajudaram a sustentar as cotações. No entanto, a elevação do preço foi limitada pelo clima favorável para as lavouras dos Estados Unidos. O analista Bill Raffety comentou que a falta de habilidade do contrato dezembro para romper a resistência psicológica nos US$ 4,0/bushel também provocou alguma pressão técnica e atraiu vendedores.
De qualquer forma, traders não querem pressionar demais as cotações, pois ainda falta um terço da temporada de desenvolvimento americana. O analista Terry Reilly, do Citi, comentou que se não houver novas confirmações sobre a produção global de trigo, uma correção modesta pode ocorrer e abrir as portas para que o spread entre trigo e milho se esclareça, um fator de suporte para os últimos vencimentos de milho.

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