quarta-feira, 9 de junho de 2010

SOJA SOBE NA TROCA DE POSIÇÃO E MILHO MANTÉM ESTABILIDADE.

Os contratos futuros de soja fecharam em alta nesta quarta-feira na Bolsa de Chicago (CBOT), liderados pelo vencimento de julho. Os estoques apertados da safra atual, as novidades sobre a demanda e o suporte dos mercados externos contribuíram para a alta de preços. Os contratos de julho, os mais líquidos, fecharam em alta de 1,34%, a 12,50 cents, a US$ 9,4350 por bushel, enquanto os de novembro encerraram com avanço de 2,25 cents, em alta de 0,25%, a US$ 8,9650/bushel. Estima-se que os fundos especulativos tenham comprado 6 mil lotes - a atividade dos fundos é uma medida dos fluxos de investimento financeiro nesse mercado.
A ampliação dos spreads foi a atração do dia: o estreitamento do mercado à vista em meio a vendas restritas dos estoques mantidos pelos produtores impulsionaram os primeiros vencimentos, em detrimento dos últimos. O aumento do spread significa estar comprado em um contrato com vencimento próximo, como julho, e vendido em vencimentos mais à frente - uma situação que costuma render bons resultados em mercados altistas, direcionados pela demanda. Nesses casos, quando a commodity está com estoques baixos, os contratos com vencimento próximo podem oferecer prêmios significativos em relação aos de vencimento posterior, na medida em que estes se relacionam a entregas da produção futura.
Os negócios no pregão desta quarta-feira estiveram concentrados na maior parte do dia em operações de spread - a situação restrita dos estoques prontos para entrega combinou-se com o cancelamento de recibos de entrega, ambos fornecendo combustível para a impulsão dos preços, disse Mario Balletto, analista do Citigroup em Chicago.
A fraqueza do dólar e a firmeza dos contratos futuros de petróleo deram suporte psicológico para os preços. A cobertura de algumas posições vendidas pelos traders, que buscavam proteção ante uma possível surpresa altista no relatório de oferta e demanda a ser divulgado nesta quinta-feira pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), também colaborou para a alta de hoje.
O relatório do USDA será divulgado amanhã, às 9h30 (horário de Brasília). Analistas ouvidos pela Dow Jones estimam que os estoques de passagem da safra 2009/2010 apresentem um pequeno declínio em relação à previsão oficial de maio. No mesmo horário, o USDA também divulgará o relatório semanal sobre exportações referentes à semana encerrada em 3 de junho. A previsão dos analistas ouvidos pela Dow Jones é de que as vendas tenham ficado entre 100 mil e 500 mil toneladas no período; as de farelo de soja, entre 50 mil e 150 mil toneladas; e as de óleo de soja, entre zero e 15 mil toneladas.

MILHO

Os preços futuros do milho terminaram em alta nesta quarta-feira em correção técnica de perdas observadas recentemente. Os contratos mais negociados, com vencimento em julho, fecharam em alta de 1,0 cent ou 0,30%, cotados a 3,3825/bushel. Estima-se que fundos especulativos tenham comprado cerca de 4 mil lotes de milho hoje.
O milho não recebeu pressões de outros mercados, o que permitiu os ganhos. Sua condição de sobrevendido e a cobertura de posições para reduzir a exposição ao risco - em caso de surpresas altistas no relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) que será divulgado amanhã - deram suporte ao mercado.
Segundo o analista John Kleist, corretor e analista da Allendale, os futuros deram sinais de ter encontrado um valor justo. As percepções de que o mercado retirou prêmio de risco suficiente das cotações, com uma longa temporada de desenvolvimento da safra, também foram positivas para os preços.
A queda do dólar frente a uma cesta de moedas e a valorização do petróleo foram fatores psicológicos e limitaram as vendas. Kleist explicou que os futuros também apresentaram um movimento de consolidação, sem notícias de demanda. Além disso, os traders preferiram ser cautelosos antes dos dados de oferta e demanda do USDA.

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