segunda-feira, 21 de março de 2011

PERSPECTIVA: FUNDAMENTOS DEVEM GARANTIR RECUPERAÇÃO DE CHICAGO

Após a tragédia no Japão, que derrubou os contratos futuros de grãos na Bolsa de Chicago, tanto a soja quanto o milho voltaram a se focar nos fundamentos conforme os temores sobre a crise nuclear diminuem. E segundo analistas consultados pela Agência Estado as cotações devem se manter sustentadas em virtude das preocupações com a demanda.
A semana passada foi encerrada com a divulgação pela consultoria Informa Economics de suas estimativas para o plantio da nova safra 2011/12 dos Estados Unidos, o que ampliou as preocupações relativas à soja.
Os produtores norte-americanos deverão plantar 91,758 milhões de acres com milho e 75,269 milhões de acres com soja na próxima temporada, de acordo com as projeções da Informa. Essas previsões ficam abaixo das que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) fez no mês passado em seu fórum anual de perspectivas - 92 milhões de acres para o milho e 78 milhões para a soja. Com isso, todas as atenções agora se voltam para o relatório que órgão vai divulgar no próximo dia 31 de março, com dados fornecidos pelos produtores. No ano passado, agricultores norte-americanos semearam 88,2 milhões de acres com milho e 77,4 milhões de acres com soja.
"O que chamou mais a atenção foram os dados da Informa, que vieram abaixo da expectativa. Isso mostra que a situação não é tão tranquila e se esses dados, e se esses se confirmarem, o potencial de sustentação para a soja é claro. Mesmo com uma boa condição de clima (nos EUA), o estoque ficaria muito ajustado", disse Ricardo Lorenzet, da XP Agro. Segundo ele, as preocupações com a colheita da soja no Brasil por causa da chuva tendem a se acalmar, uma vez que os trabalhos já atingiram cerca de 50% da área plantada e os contratos vêm sendo cumpridos.
Na sexta-feira, o contrato maio da oleaginosa subiu 27,25 centavos, ou 2,04%, para fechar cotado a US$ 13,6250 por bushel. O mesmo vencimento do milho ganhou 37 centavos, ou 5,72%, e fechou a US$ 6,8350 por bushel, sustentado não só pela preocupação com a demanda mas também com sinais de nova demanda da China, o que pegou de surpresa os participantes do mercado porque os preços elevados tinham amenizado a expectativa de que a China faria aquisições.
"A preocupação é um pouco maior com o curto prazo, porque o preço caiu e a demanda voltou sólida. São os clássicos rumores de que a China poderia comprar", disse Lorenzet.
Já o trigo, segundo o analista, opera mais em função de questões técnicas. Na sexta-feira ele acompanhou o milho e o contrato maio subiu 12,75 centavos, ou 1,80%, fechando a US$ 7,23 por bushel. "O trigo já caiu bem, e isso favorece o interesse especulativo, especialmente se as outras commodities agrícolas se sustentarem."

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