quinta-feira, 24 de março de 2011

ALIMENTOS/CHINA; PARA ATENDER A DEMANDA, É PRECISO IMPORTAR.

A China pode não ser capaz de atender à crescente demanda por alimentos apenas com recursos domésticos, afirmou hoje o diretor do escritório do Conselho Estatal para política rural, Chen Xiwen, indicando que há espaço para crescimento das importações. O executivo questionou a eficiência da política que estabelece metas cada vez maiores para produção de grãos na China, enquanto o país se esforça para aumentar a produtividade em poucas terras.
Os comentários de Chen parecem divergir de outros pronunciamentos do governo da China, que costuma enfatizar a tentativa de atender à demanda por grãos no país com oferta doméstica. Ontem mesmo, o Conselho Estatal prometeu tomar todas as medidas necessárias para garantir neste ano o oitavo recorde consecutivo na colheita de grãos. Autoridades disseram que o aumento da produção é necessário para combater a inflação - uma prioridade na política econômica do governo neste ano.
"Buscar níveis cada vez mais altos de produção deve resultar em excesso de fertilização e numa agricultura insegura", disse Chen, que também é diretor de assuntos rurais do Partido Comunista chinês. "É claro, temos de aumentar a produção nesta área, mas nossas técnicas e recursos não podem dar conta." O governo chinês vem há tempos destacando que precisa produzir grãos suficientes para alimentar a população e evitar ser dependente das importações.
Nas últimas décadas, o governo reduziu a meta de autossuficiência para algumas safras, como soja, mas continua classificando milho, trigo e arroz como grãos básicos, dos quais mantém grandes estoques. Chen declarou que os estoques atuais de grãos totalizam 200 milhões de toneladas, incluindo os privados e públicos - cerca de 40% do consumo anual. Mas as importações da China aumentaram nos últimos anos em importantes categorias. Chen explicou que a China está mantendo sua autossuficiência em grãos, mas destacou as importações. As compras de soja no mercado externo superaram a produção doméstica em 2004 para atender à crescente demanda chinesa. "A China costumava ser o maior produtor de soja, agora é o maior importador", recordou. No ano passado, o país registrou um recorde de importação de 54,8 milhões de toneladas de soja.

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