quinta-feira, 24 de março de 2011

CBOT/SOJA FECHA EM ALTA COM ESTIMATIVA DE PLANTIO EM ÁREA DE MENOR

Os futuros da soja acompanharam os ganhos do milho e do trigo na bolsa de Chicago e fecharam em leve alta hoje, em meio aos temores de que os produtores norte-americanos não plantarão uma área suficiente para reabastecer a apertada oferta da oleaginosa.
O contrato maio, mais negociado, subiu 3,25 centavos, ou 0,2%, para fechar cotado a US$ 13,5450 por bushel. O novembro, referente à nova safra, avançou 0,8%, para US$ 13,4350.
As previsões de tempo seco deram sustentação ao trigo, uma vez que meteorologistas reduziram as projeções de chuva nas Planícies, importante área produtora do cereal que já enfrenta uma estiagem. Já a safra de milho tem um cenário contrário, uma vez que a umidade pode prejudicar o plantio em regiões importantes do Meio-Oeste, onde o milho é a lavoura dominante.
Depois de apresentar queda durante o pregão, a soja acabou acompanhando os dois outros grãos devido à necessidade de os preços se manterem competitivos por causa da disputa por área nos EUA. Além disso, a possibilidade de perda de produtividade no Brasil devido às chuvas também deu sustentação aos preços.
Os contratos referentes à nova safra lideraram os ganhos depois que empresas privadas projetaram uma área menor do que o esperado, segundo Mike Zuzolo, da Global Commodity Analytics. Ele destacou ainda que a menor demanda doméstica e por exportação em meio à competição da soja recém-colhida na América do Sul limitaram os ganhos dos contratos mais próximos.
Hoje, a corretora Linn Group estimou que a área plantada com milho nos Estados Unidos será maior do que a recente estimativa do governo, enquanto a de soja será inferior.
O Linn Group prevê que o plantio de milho em 2011 ocupará 92,2 milhões de acres (37,31 milhões de hectares), mais do que os 88,2 milhões de acres (35,69 milhões de hectares) cultivados em 2010. O USDA estima inicialmente a área de milho em 92 milhões de acres (37,23 milhões de hectares). O plantio de soja é estimado pelo Linn em 75,9 milhões de acres (30,71 milhões de hectares), abaixo da previsão do USDA de 78 milhões de acres (31,56 milhões de hectares). Em 2010, foram cultivados 77,4 milhões de acres (31,32 milhões de hectares). O USDA divulga no dia 31 de março a estimativa de plantio no País com base em dados fornecidos pelos próprios produtores.
Entre os produtos derivados, o farelo de soja sucumbiu à pressão da demanda menor e da competição da oferta sul-americana, segundo analistas. O contrato maio do farelo recuou US$ 0,20, cotado a US$ 359,80 por tonelada.
Já o contrato maio do óleo de soja fechou em alta, sustentado por estoques mensais abaixo do esperado segundo o relatório do Census Bureau sobre o esmagamento em fevereiro. O maio subiu 64 pontos, cotado 56,12 centavos por libra-peso.

MILHO FECHA EM ALTA DE 3,2% COM RUMORES SOBRE A CHINA
O mercado futuro de milho se fortaleceu hoje na CBOT por causa dos rumores sobre exportação do cereal norte-americano à China. As discussões começaram na quinta-feira passada, mas diminuíram nos últimos dois dias, pois o governo não confirmou as vendas, segundo analistas. Posição mais líquida, o contrato com vencimento em maio subiu 21,50 cents ou 3,16% e fechou a US$ 7,0250/bushel.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) não informou nenhuma venda de milho para a China no seu relatório de exportação semanal, mas traders e analistas continuam especulando sobre a possibilidade de o país asiático ter comprado. Eles acreditam que os detalhes do acordo estão sendo omitidos.
O analista Alan Brugler, da corretora Brugler Marketing & Management, disse que "cresce a opinião de que 'eles compraram algum milho, mas simplesmente não estamos sabendo'".
O relatório divulgado hoje pelo USDA mostrou que as vendas para a China no ano comercial 2010/11 somaram 313,6 mil toneladas até 17 de março. São 100 toneladas a menos do que no relatório da semana anterior, que indicou 313,7 mil toneladas até 10 de março.
De acordo com Conchita Powell, especialista do departamento de exportações do USDA, nenhuma venda à China foi informada à agência do governo, portanto o declínio no último relatório de exportação é um erro. Outras autoridades do USDA insistiram que nenhuma atividade foi registrada.

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