quarta-feira, 11 de agosto de 2010

CBOT/GRÃOS-SOJA FECHA EM BAIXA NA EXPECTATIVA DOS DADOS DO USDA.

A expectativa de ajustes para cima na projeção da safra norte-americana e a influência baixista de outros mercados pressionaram os contratos futuros da soja na bolsa de Chicago, que fecharam a sessão em queda hoje. O dólar em alta também contribuiu para a queda no dia. O vencimento mais líquido, base novembro, fechou com queda de 6,50 cents, ou 0,6%, a US$ 10,15/bushel. Fundos especulativos venderam cerca de quatro mil lotes no pregão.
"O mercado está antecipando o relatório de oferta e demanda de amanhã, com traders reduzindo as posições compradas, mais arriscadas em meio às projeções de safra maior de soja", afirmou Tim Hannagan, analista da P.F.G. Best, de Chicago.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulga amanhã o primeiro relatório com dados sobre rendimento baseado em dados compilados a partir das visitas de técnicos ao campo e não nas projeções baseadas em modelos estatísticos. Analistas consultados pela Dow Jones esperam aumento moderado nos números de produtividade e produção da safra de soja em relação aos dados divulgados em julho. O relatório sai às 9h30. Em média, as projeções apontam para uma safra de 3,366 bilhões de bushels (91,62 milhões de toneladas) e produtividade média de 43,2 bushels por acre. O USDA trabalha atualmente com estimativa de safra de 3,345 bilhões de bushels(91,03 milhões de toneladas), e tendência de rendimento de 42,9 bushels por acre.
O mercado também sofreu a pressão psicológica da forte alta do dólar e da fraqueza do petróleo. A valorização da moeda norte-americana é um fator baixista para as commodities, porque torna o produto negociado em dólar mais caro para os importadores. A retração do petróleo influencia as cotações de grãos e oleaginosas, por conta de seu impacto sobre o consumo dos combustíveis renováveis.
Entretanto, os traders consideram que as lavouras norte-americanas ainda estarão vulneráveis às variações climáticas durante o mês de agosto, período crítico para o desenvolvimento das plantas. Com isso, seria mais difícil elevar o volume de estoques da soja para um nível mais confortável, acima de 200 milhões de bushels. Tal perspectiva ajudou a limitar as perdas. Hoje, a China comprou mais 115 mil toneladas, reforçando a sustentação do lado da demanda.

MILHO FECHA EM LEVE ALTA.
Os contratos futuros de milho caminharam nos dois sentidos nesta quarta-feira e os principais vencimentos terminaram o dia com valorização na Bolsa de Chicago. Os lotes para entrega em dezembro, os mais negociados, fecharam cotados a US$ 4,11/bushel, em alta de 2,0 cents ou 0,49%. Traders parecem ajustas suas posições antes da divulgação do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O analista John Kleist, da corretora Allendale, disse que a volatilidade dos preços não surpreendeu, pois os traders não querem aderir a posições de maior risco antes de receber o relatório. Em vez disso, preferem aguardar para ver a direção dos fundamentos do mercado.
Analistas esperam que o governo americano eleve pouco sua projeção para a safra de milho 2010/11 dos Estados Unidos. Mas a forte demanda deve evitar que os estoques finais cresçam demais. Serão importante referência para o mercado também no que diz respeito aos efeitos da quebra na safra de grãos da Rússia."Se é que haverá alguma surpresa no relatório de safra, ela será altista, pois o mercado está antecipando uma projeção neutra ou baixista para os preços", explicou o analista Tim Hannagan, da corretora PFG Best. O comportamento do milho também foi influenciado pela volatilidade dos futuros de trigo. Os dois cereais estão relacionados porque ambos são usados na alimentação animal. Estima-se que fundos tenham comprado cerca de 7 mil lotes de milho hoje na CBOT.

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