quinta-feira, 12 de agosto de 2010

SOJA FECHA EM ALTA SUSTENTADO POR PERSPECTIVA DE FIRME DEMANDA

Os preços futuros da soja encerraram a sessão com forte alta hoje. O rali de preços na bolsa de Chicago foi motivado pela projeção de firme demanda global, apontada no relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) desta quinta-feira. O número teve peso maior do que a perspectiva de safra recorde norte-americana. O vencimento mais líquido, base novembro, subiu 13 cents, ou 1,3% no dia, para US$ 10,2850/bushel. Os fundos especulativos compraram cerca de cinco mil lotes no dia.
Dados extremamente robustos sobre as exportações norte-americanas de soja refletem o receio dos importadores quanto a uma possível quebra de produção na América do Sul em 2010/11. Tal situação poderia ter impacto no nível de conforto dos estoques globais da oleaginosa, observou Rich Feltes, vice-presidente sênior de pesquisa da MF Global, de Chicago.
O USDA reduziu em sete milhões de toneladas a estimativa de produção global em 2010/11, para 253 milhões de toneladas, em relação ao ciclo anterior. Porém, elevou em 13 milhões de t a expectativa de consumo no período, para 250 milhões de toneladas, observou Feltes. O departamento também elevou a estimativa de exportação de soja dos Estados Unidos para 39 milhões de toneladas, reflexo do aumento das exportações para a China. Em contrapartida, o número para os estoques finais da América do Sul foram reduzidos.
Os traders consideram que a safra norte-americana ainda está vulnerável aos efeitos do clima até o final deste mês. Por isso, hesitam em operar com base na projeção do USDA de produtividade recorde de 44 bushels por acre, número maior que o previsto em julho, mas estável em relação à safra anterior. Feltes reforça o que o mercado vem comentando, de que agosto é um mês crítico para as lavouras, o que diminui o apetite dos vendedores.
Os ganhos generalizados em mercados vizinhos também deram sustentação à oleaginosa. Os movimentos dos mercados de milho, trigo e soja estão atrelados porque as três commodities são usadas na composição de ração. O relatório semanal reportou que as vendas norte-americanas somaram 2,697 milhões de toneladas na semana encerrada em 5 de agosto.
Foram comercializadas 2,341 milhões de toneladas de soja para entrega no ciclo 2010/11. A China foi o principal destino, com 1,762 milhão de toneladas. Os analistas estimavam vendas de 1,2 a 2 milhões de toneladas.
Nos produtos, o fechamento foi misto. O óleo perdeu pontos por causa do aumento expressivo da projeção para os estoques finais norte-americanos em 2009/10, observou Feltes. O farelo seguiu o rali da soja.

MILHO FECHA EM ALTA INFLUÊNCIADO POR TRIGO E DEMANDA PARA EXPORTAÇÃO.
Os preços futuros do milho subiram com força nesta quinta-feira na Bolsa de Chicago diante de forte demanda para exportação e de uma onda de compras de fundos. Os dados de oferta e demanda do governo americano, divulgados hoje, foram considerados altistas e despertaram o movimento. Posição mais líquida, o contrato dezembro saltou 10,75 cents ou 2,62% e fechou a US$ 4,2175/bushel.
A força do trigo foi influência positiva para os preços do milho, segundo analistas. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) aumentou sua expectativa de exportações no ciclo 2010/11 e estabeleceu o tom do mercado. Os futuros de trigo avançaram diante da queda da oferta global, conforme estimativas do USDA para produção da Rússia - que foi mais reduzida do que se esperava.
Os sinais de menor oferta de trigo resultaram também em previsão maior para exportações de milho, que o USDA confirmou ao elevar sua projeção de vendas externas 2010/11 em 100 milhões de bushels.                                                                                                                                                                                         O analista Joel Karlin, da Western Milling, disse que as vendas externas de milho ainda podem ser, em última análise, cerca de 200 a 300 milhões de bushels superiores. Referindo-se à estimativa do USDA, ele acrescentou que "há quem pense que isso pode ser um marco de produção". Os dados do USDA dão conta de 13,365 bilhões de bushels (339,47 milhões de toneladas), um pouco acima do que os analistas imaginavam.
Estima-se que fundos tenham comprado cerca de 25 mil contratos em milho hoje o analista John Kleist, corretor e analista da Allendale, declarou que o milho provocou mais interesse de fundos hoje por causa do seu deságio em relação ao trigo. O analista entende que o mercado poderá perder força se os compradores começarem a vender quando os preços avançam. Mas alguns analista dizem que a demanda para exportação está aumentando porque os compradores estão tentando suprir suas necessidades antes que as cotações subam mais alguns degraus.

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