sexta-feira, 13 de agosto de 2010

MILHO: GOVERNO SINALIZA RETOMAR LEILÃO EM 30 DIAS.

O diretor do Departamento de Comercialização e Abastecimento do Ministério da Agricultura, José Maria dos Anjos, disse hoje à Agência Estado que os leilões de Prêmio de Escoamento do Produto (PEP) em Mato Grosso não foram encerrados, mas suspensos por 30 dias, período em que o governo vai avaliar se haverá necessidade de novas intervenções no mercado para sustentação de preços.
Segundo José Maria dos Anjos, o leilão de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) da semana que vem está mantido, quando serão ofertadas 250 mil toneladas em Mato Grosso. Caso a totalidade ofertada seja vendida, as intervenções do governo em Mato Grosso somarão 7,037 milhões de toneladas, volume que corresponde a 91% da produção estadual de milho, estimada pela Conab em 7,8 milhões de toneladas.
O diretor afirmou que o governo vem recebendo manifestações de consumidores de milho do Rio Grande do Sul e da região Nordeste, além do próprio Mato Grosso, que reclamam da falta de oferta do cereal, cujos preços estão subindo. Ele disse que os técnicos do Ministério da Agricultura estão trabalhando "no fio da navalha", pois a política de sustentação de preços, que assegura o escoamento do milho para a exportação, não pode prejudicar as indústrias de processamento de carne que se instalaram em Mato Grosso nos últimos anos, atraídas pela disponibilidade do cereal.
Dados do Ministério mostram que, ao longo desta safra, o governo destinou R$ 800 milhões para apoiar a comercialização de 11,6 milhões de toneladas de milho em todo País. Em Mato Grosso foram aplicados R$ 470,5 milhões na comercialização das 7,037 milhões de toneladas.
O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Glauber Silveira, defende a realização de pelo menos mais um leilão de PEP para apoiar a comercialização de 1 milhão de toneladas de milho. Ele leva em conta as estimativas do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), que estima a safra estadual em 8,5 milhões de toneladas, além dos estoques remanescentes da safra passada. Silveira também reivindica a municipalização dos valores dos prêmios dos leilões, para atender os produtores dos municípios que ficam mais distantes da cidade utilizada como referência nos cálculos. José Maria dos Anjos diz que as simulações mostram que os produtores mais perdem do que ganham com a municipalização.

por Venilson Ferreira.

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