sexta-feira, 13 de agosto de 2010

MILHO FECHA COM GANHOS NA EXPECTATIVA DE MAIOR DEMANDA GLOBAL.

A possibilidade de que a demanda global por milho dos Estados Unidos seja maior impulsionou as cotações da commodity nesta sexta-feira na Bolsa de Chicago. Posição de maior liquidez, os contratos com vencimento em dezembro subiram 5,50 cents ou 1,30% e fecharam cotados a US$ 4,2725/bushel. A ideia foi despertada pela provável queda da oferta global de outros cereais, especialmente trigo. "As pessoas estão começando a perceber que as exportações de milho dos Estados Unidos podem exceder a estimativa do Departamento de Agricultura (USDA), divulgadas na quinta-feira", afirmou o analista Terry Reilly, do Citigroup. Estima-se que fundos tenham comprado cerca de 10 mil lotes hoje, na CBOT. Reilly comentou que os mercados internacionais de ração terão menos oferta de trigo e cevada, por causa da quebra nas safras de Rússia e Europa diante da rigorosa seca. Isso tornará o milho atrativo para importadores, como uma alternativa mais barata para alimentação animal. Os preços do milho saltaram ontem, depois que o USDA elevou sua estimativa de exportação no ano-safra 2010/11 em 100 milhões de bushels, ou 5%, ante a previsão de julho, para 2,05 bilhões de bushels. Analistas preveem redução de 4,5 milhões de toneladas na produção de trigo e cevada da Rússia e da Europa.
Enquanto isso, a grande questão sem resposta no mercado é se a China será um importador líquido de milho neste ano. Na última década, os chineses têm sido autossuficientes na cobertura das necessidades domésticas, mas problemas na safra, como enchentes, aumentaram o potencial das importações.
Reilly alertou que a China não é importador líquido de milho desde 1995/96, mas se realmente importar, os preços futuros podem alcançar US$ 5/bushel.

TRIGO CAI COM REALIZAÇÃO DE LUCROS.
Participantes do mercado de trigo realizaram lucros e pressionaram as cotações no mercado americano. Ontem, a expectativa de uma menor oferta global havia impulsionado os preços futuros. Na Bolsa de Chicago os contratos mais movimentados, para entrega em dezembro, fecharam com desvalorização de 9,50 cents ou 1,28%, cotado a US$ 7,3425/bushel. Na Bolsa de Kansas City (KCBT), o mesmo vencimento cedeu 2,0 cents ou 0,27% e terminou a US$ 7,38/bushel.
Traders disseram que o recuo dos preços de hoje não deve ser encarado como um sinal de que os participantes não estão mais preocupados com os danos causados pelo calor e pela seca em lavouras do Hemisfério Norte, especialmente em países da antiga União Soviética.
"Eu não tenho certeza de que o mercado já concluiu (o rali)", disse o analista Mike Krueger, presidente da consultoria agrícola The Money Farm. "Acho que o problema na Rússia e nos arredores ainda é pior do que as pessoas pensam." Os preços recuaram depois de alcançar seu maior nível em quase dois anos, na semana passada, quando a Rússia anunciou a suspensão das exportações de grãos até o fim do ano. Krueger declarou que o trigo pode testar novamente as máximas recentes se mais países oficialmente proibirem as exportações, ou se o clima continuar seco. "As pessoas estão discutindo a chance de haver chuvas", disse.
O vice-primeiro-ministro da Rússia, Viktor Zubkov, afirmou nesta sexta-feira que a área plantada com grãos de inverno no país pode cair em mais de um terço na comparação com o ano passado, para 12 milhões de hectares, por causa da seca. Ele afirmou que os produtores tentarão compensar o declínio plantando mais na primavera.Estima-se que fundos tenham vendido cerca de 7 mil contratos na CBOT. O volume de negócios foi mais baixo nas últimas sessões.

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