domingo, 5 de dezembro de 2010

CBOT/GRÃOS - SOJA FECHA EM ALTA POR PREOCUPAÇÃO COM ARGENTINA.

Os futuros da soja negociados na bolsa de Chicago fecharam em alta sexta feira, chegando perto da máxima de três semanas, devido à fraqueza do dólar e às preocupações com a possibilidade de uma produção menor na Argentina por conta de uma estiagem.
O contrato janeiro, de maior liquidez, avançou 20,50 centavos, ou 1,6%, para fechar cotado a US$ 13,0025 por bushel.
Os temores de um aperto no equilíbrio entre a oferta norte-americana e a demanda na probabilidade de uma produção menor na Argentina levaram traders a adicionarem um prêmio de risco aos preços.
Os traders estão levando em consideração o potencial de uma projeção de oferta menor como resultado da demanda mais forte no relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), que será divulgado na sexta-feira.
A América do Sul precisa produzir amplas safras em 2011 para atender à demanda global, e a mais leve indicação de uma produção menor do que o esperado gera um aumento das compras. Brasil e Argentina são respectivamente o segundo e terceiro maiores produtores de soja do mundo, depois dos EUA.
A queda do dólar frente a uma cesta de moedas adicionou pressão à soja, já que isso torna as exportações norte-americanas mais atrativas. Outro fator foi a alta em commodities em geral, o que dispara compras de fundos que especulam com preços de commodities, disseram analistas.
O contrato janeiro do óleo de soja avançou 61 pontos, ou 1,2%, para 53,45 centavos por libra-peso. Já o janeiro do farelo ganhou US$ 5,90, ou 1,7%, para fechar cotado a US$ 351,60 por tonelada.

MILHO ACOMPANHA TRIGO E FECHA COM VALORIZAÇÃO DE 3,2%
O mercado futuro de milho acompanhou os ganhos do trigo e encerrou a sexta-feira com ganhos expressivos. Os contratos com vencimento em março, os mais líquidos, subiram 18,0 cents ou 3,24% e fecharam a US$ 5,7350/bushel. A queda do dólar e o clima seco na Argentina puxaram as cotações.
A força do mercado de trigo deu ao mercado de milho um impulso inicial, segundo o analista Shawn McCambridge, da corretora Prudential Bache. Ele afirmou que o declínio do índice dólar se somou ao tom altista das commodities.
Traders aproveitaram a oportunidade para desfazer, antes do fim de semana, operações de spread em que estavam comprados em trigo e vendidos em milho. Os dois mercados também estão ligados porque ambos os cereais são usados na alimentação animal.
A volatilidade do mercado fez com que os traders adotassem uma postura de curto prazo, embolsando lucros em vez de arriscar durante o fim de semana.
O tempo seco na Argentina é uma preocupação de longo prazo para o mercado, que neste momento embute algum prêmio de risco nas cotações, considerando eventuais problemas climáticos no país.

TRIGO ACUMULA ALTA DE 14% NA SEMANA
Os preços futuros do trigo avançaram pela terceira sessão consecutiva no mercado americano, em meio a preocupações com a redução da oferta. Na semana, acumulou ganhos de cerca de 14%.
Na Bolsa de Chicago os contratos com vencimento em março, os mais negociados, fecharam em alta de 30,50 cents ou 4,07%, cotados a US$ 7,79/bushel. Na Bolsa de Kansas City o mesmo vencimento fechou cotado a US$ 8,22/bushel, com valorização de 20,25 cents ou 2,53%.
Importadores, preocupados com a redução da oferta global de trigo de alta qualidade, puxaram as cotações para garantir abastecimento e suprir suas necessidades, segundo traders. A oferta de trigo de alto teor de proteína está apertando com as chuvas pesadas que atingiram o Leste da Austrália, normalmente um grande exportador de trigo.
As tempestades devem continuar na semana que vem, de acordo com a T-Storm Weather, podendo causar piora na qualidade da safra. Além disso, a Associação de Moinhos de Taiwan (TFMA) comprou trigo de primavera do tipo Dark Northern Spring dos Estados Unidos, com 14% de proteína, por US$ 549,43/t CIF, de acordo com executivos de trading. Trata-se de um dos preços mais altos pagos por compradores asiáticos neste ano. A TFMA adquiriu 42,25 mil toneladas de trigo da Columbia Grain, o que também inclui uma parte de cereal com 13% de proteína.

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