segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

CLÍMA: FALTA DE CHUVA SE AGRAVA NO SUL DO RIO GRANDE DO SUL.

O sul do Rio Grande do Sul não tem sido beneficiado pelo clima e vê se agravar a situação de falta de chuvas, já que desde a segunda quinzena de setembro a região não registra volumes significativos. Em Bagé, por exemplo, o acumulado entre 15 de setembro e 5 de dezembro é de apenas 71 mm, o que pode se atribuir aos efeitos do fenômeno La Niña, informa a Somar Meteorologia em seu boletim semanal.
Em contrapartida, bons volumes são registrados no Paraná, Santa Catarina, norte do Rio Grande do Sul e também no sul de Mato Grosso do Sul. No oeste do Paraná e de Santa Catarina, o acumulado supera 100 mm nos últimos 5 dias. Segundo a Somar, as águas são muito importantes, não só pela época do ano, mas também porque revertem um padrão de pouca chuva observado em novembro, beneficiando diretamente a lavoura de soja.
O Sudeste, Centro-Oeste, Norte e sul da Região Nordeste do Brasil mantêm um bom padrão pluviométrico neste início de dezembro. Isso confirma o indicativo da instalação do regime de chuvas de verão, o que assegura uma certa regularidade e frequência das águas, se não na condição ideal, pelo menos o suficiente para dar sustentação para o desenvolvimento das lavouras.
Os índices de água disponível no solo refletem o resultado das chuvas acumuladas desde outubro e mostram a continuidade da recuperação da umidade sobre os Estados do Sudeste, Centro-Oeste e Norte do Brasil. "Mesmo que ainda insuficiente para repor o déficit hídrico acumulado, a umidade já consegue dar sustentação ao plantio e desenvolvimento das lavouras de verão, bem como favorece a recuperação das pastagens", informa a Somar.
Previsão
A primeira quinzena de dezembro deve manter o padrão das últimas semanas, com as frentes frias atuando mais sobre o Sudeste. As frentes frias, associadas à umidade da Amazônia, provocam chuvas sobre as áreas produtoras do Sudeste e Centro-Oeste, além do sul e oeste da Região Nordeste, beneficiando as lavouras da Bahia, Maranhão e Piauí.
A Somar alerta, no entanto, que as condições climáticas não mudam muito no Sul do Brasil, em relação ao observado na última semana. As águas continuam concentradas entre o norte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e o Paraná. "O sul do Rio Grande do Sul, porém, deve ter agravada ainda mais a situação da estiagem observada desde outubro", comenta o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury.
Argentina
O mês de dezembro começou com chuvas irregulares e mal distribuídas sobre o território argentino. Apenas no extremo norte, na região das Províncias de Formosa, Corriente e Missiones e também no leste da Província de Buenos Aires, é que o acumulado de chuvas na última semana ficou acima de 50 mm. O índice pluviométrico alcançou entre 15 e 25 mm nas Províncias de San Luis e sul de Córdoba.
No entanto, em grande parte das regiões produtoras, incluindo parte do Pampa Úmido, o acumulado de chuvas foi inferior a 10 mm, o que agrava a falta de chuvas já observado em novembro. "Em algumas regiões, como nas Províncias de Entre Rios e Santa Fé, a pouca umidade do solo forçou a interrupção do plantio da lavoura de soja", informa Etchichury.
Segundo a Somar, a tendência é que essas condições não mudem muito na primeira quinzena do mês de dezembro. Em geral, o clima deve ser de pouca chuva sobre as principais regiões produtoras da Argentina.
Esse início de dezembro seco configura um padrão de La Niña, o que representa um quadro de risco para as lavouras de verão da Argentina, já com problemas no período de plantio. Como o La Niña deve continuar pelo menos até meados de 2011, isso pode representar um verão com menos chuvas e alguns períodos de estiagem, contribuindo para uma redução no potencial de produção.

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