quinta-feira, 28 de abril de 2011

MT/MILHO- FALTA DE CHUVA COLOCA LAVOURAS EM RISCO.

A falta de chuvas em algumas regiões de Mato Grosso começa a preocupar os produtores. O gerente do Sindicato Rural de Campo Novo do Parecis (396 quilômetros ao noroeste de Cuiabá), Antônio de La Bandeira, conta que o risco de quebra da safra é grande, pois há 18 dias não chove nas zonas produtoras do município, onde neste ano-safra são cultivados 100 mil hectares de milho safrinha, conforme estimativa do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária.
Antônio Bandeira afirmou que nos últimos dias foram registradas chuvas esparsas e as previsões climáticas não indicam precipitações para as próximas semanas. Ele explica que os produtores estão preocupados porque até a semana passada 70% das lavouras ainda não estavam em fase de pendoamento, quando a falta de chuvas é crítica. Ele comenta que um produtor disse correr o risco de perder R$ 2 milhões nas lavouras de milho, caso a quebra de safra se confirme.
O risco de quebra é maior na região noroeste de Mato Grosso porque o milho foi semeado mais tarde, em função do atraso da soja, por causa da falta de chuvas na época do plantio e excesso durante na colheita. Segundo Bandeira, no final do ano passado as previsões eram de poucas chuvas a partir de abril deste ano, mas em fevereiro último a meteorologia previa que poderia chover até maio. “Como os insumos estavam comprados e os preços do milho estavam em alta, o produtor decidiu arriscar, mesmo plantando fora do período ideal”, diz ele.
No município de Sorriso (412 km ao norte de Cuiabá), maior produtor de milho safrinha de Mato Grosso, com 220 mil hectares cultivados nesta safra, os problemas de falta de chuvas são localizados. O comentário é do presidente do Sindicato Rural do município, Elso Vicente Pozzobon, que não prevê risco de quebra da produção. Um aspecto positivo desta safra, diz ele, é que de 45% a 50% da safra que começa a ser colhida a partir de junho já está vendida ao mercado, situação bem diferente das duas últimas safras, quando os produtores dependeram do apoio do governo federal para escoar a produção e receber pelo menos o preço mínimo de garantia oficial.
O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Glauber Silveira, diz que o milho plantado entre o dia 20 de fevereiro e 5 de março, que é um pouco mais da metade de toda área cultivada, está correndo risco por causa da falta de chuvas. Ele comenta que a situação é mais preocupante para o agricultor que vendeu porcentual alto da safra que será colhida, pois corre o risco de não ter todo volume da mercadoria comprometida para entregar.
Silveira estima que os produtores já comercializaram cerca de milhões de toneladas das 8 milhões de toneladas que devem ser colhidas neste ano em Mato Grosso. Além das tradings, os confinadores de bovinos também são compradores no mercado de milho, com proposta a R$ 16/saca para entrega em julho/agosto.

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