quinta-feira, 28 de abril de 2011

CBOT/GRÃOS- CLÍMA MELHORA CONDIÇÃO DE PLANTIO E FECHA EM QUEDA.

Os futuros da soja negociados na bolsa de Chicago fecharam em queda hoje pelo terceiro dia seguido, pressionados pela fraqueza registrada no milho e pela desaceleração da demanda. O contrato julho, mais negociado, caiu 31 centavos, ou 2,24%, para US$ 13,5350 por bushel. Já o novembro, referente à nova safra, perdeu 30,75 centavos, ou 2,2%, cotado a US$ 13,3775.
A fraqueza do dólar não conseguiu compensar a influência baixista da queda dos preços do milho. O cereal está pressionado pela melhora do tempo para o plantio no meio-oeste americano.
A demanda chinesa mais fraca e uma oferta recorde da América do Sul deram poucos incentivos para que os compradores sustentassem os preços. O mercado encontrou pressão adicional ainda no fato de os investidores terem optado por deixar posições em grãos e entrar em ouro e prata, mais rentáveis, disse Dan Basse, da AgResource Co.
Os produtos derivados também recuaram, em linha com a soja e com as vendas generalizadas por investidores. Traders teriam reduzido a exposição ao risco frente a uma demanda menor por soja, segundo analistas.
O contrato julho do óleo de soja caiu 148 pontos, ou 2,53%, para terminar a 56,93 centavos por libra-peso. O mesmo vencimento do farelo perdeu US$ 7,60, ou 2,10%, cotado a US$ 354,20 por tonelada.
MILHO FECHA NO LIMITE DE QUEDA COM CLIMA E VENDAS DE FUNDOS Os preços futuros do milho terminaram o dia no limite de baixa permitido pela Bolsa de Chicago pressionados pela melhora do clima e por grande volume de vendas de fundos de commodities. O contrato com vencimento em julho, o mais negociado, fechou em baixa de 30,0 cents ou 3,95%, cotado a US$ 7,2925/bushel, menor marca em quatro semanas.
A queda das cotações ocorreu diante de previsões do tempo que indicaram clima mais quente e mais seco no Meio-Oeste dos Estados Unidos, que permitiria aos produtores plantar o milho depois de alguns atrasos provocados pelo tempo úmido e frio demais.
Entretanto, analistas notaram que as condições não serão perfeitas, pois levará um tempo para que os campos sequem e os solos se aqueçam novamente.
A desvalorização foi acelerada por vendas de fundos. Estima-se que fundos tenham vendido cerca de 22 mil contratos em milho hoje, segundo traders, o que é considerado um volume expressivo. Amanhã, o limite de variação será de 45 cents.
TRIGO CAI FORTE COM CHUVAS E MENOS PREOCUPAÇÕES COM O CLIMA As cotações do trigo caíram com força nesta quinta-feira no mercado americano, acompanhando as perdas expressivas do mercado de milho. Além disso, sinais de chuva em lavouras de trigo no sul das Grandes Planícies dos Estados Unidos, duramente afetadas pela estiagem, pesaram sobre os preços. A nova perspectiva ameniza as preocupações com eventuais perdas na safra.
Na Bolsa de Chicago os contratos com vencimento em julho fecharam em queda de 34,50 cents ou 4,25%, cotados a US$ 7,7750/bushel. Na Bolsa de Kansas City o mesmo vencimento recuou 43,0 cents ou 4,66% e terminou a US$ 8,80/bushel.
O relatório semanal do governo sobre o clima mostrou que as chuvas aliviaram a falta de umidade em regiões centrais e no leste de Oklahoma, embora produtores tenham alertado que a mudança tenha chegado tarde demais para reverter perdas na safra. "Pode ser tarde demais, mas a percepção é de que eles estão recebendo mais chuvas lá embaixo (no sul das Planícies)", disse o analista Chad Henderson, da corretora Prime Agricultural Consultants. "Os piores cenários já foram precificados", acrescentou. Ele afirmou, ainda, que o tamanho do declínio dos mercados de grãos hoje foi "surpreendente" porque o dólar caiu e o petróleo, que tendem a dar suporte para as commodities.
A expectativa é de que as chuvas sejam benéficas para as lavouras de trigo nos Estados Unidos e na Europa. O ministério de agricultura da Rússia afirmou que o plantio de primavera está ganhando velocidade depois de algum atraso inicial, por causa do clima adverso.
"Acho que o clima está melhorando, não só aqui nos Estados Unidos, mas ao longo do globo. Isso está pressionando os preços", resumiu o analista de grãos Terry Reilly, do Citigroup.

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