segunda-feira, 14 de junho de 2010

SOJA: CHICAGO FECHA EM ALTA EM DIA DO DÓLAR FRACO.

Os contratos futuros de soja fecharam em alta nesta segunda-feira na Bolsa de Chicago, tendo alcançado na sessão as maiores cotações em um mês, impelidas pela fraqueza do dólar e pelos avanços no dia em diversos mercados. O vencimento julho, avançou 5,25 cents, em alta de 0,55%, a US$ 9,5150/bushel, e novembro, referente à nova safra, fechou em alta de 0,77%, ou 7 cents, a US$ 9,1625/bushel. Estima-se que os fundos especulativos tenham comprado 4 mil lotes no pregão de hoje.
Os mercados financeiros foram a centelha que atraiu os compradores. De acordo com traders, as perspectivas mais otimistas para a economia mundial deixou os investidores menos avessos a assumir risco. Os contratos de julho atingiram seu nível mais elevado desde 14 de maio, com compras técnicas a partir do momento em que o contrato superou a linha de resistência que prevalecia desde 4 de junho, disse um analista da CBOT.
A recuperação dos preços também foi amparada por preocupações relacionadas a problemas com a canola do Canadá - o óleo de Canola concorre com o de soja. Os ganhos nos mercados de commodities agrícolas em geral e as compras baseadas em análise gráfica atraíram traders que anteriormente apostaram no declínio dos contratos futuros - e que agora cobriram algumas posições vendidas, disseram analistas.
Os preços no mercado à vista continuaram a dar suporte aos primeiros vencimentos, embora ainda prossigam o desmonte de spreads altistas e a rolagem de posições de julho para os meses logo à frente. A recuperação foi consistente, mas o avanço da soja foi limitado a partir do momento em que o dólar saiu das mínimas do dia e que o petróleo devolveu parte de seus ganhos. Ainda assim, os traders preveem que os preços devem ficar de lado até que os padrões climáticos de verão e a demanda de curto prazo sejam melhor conhecidos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou há pouco, em seu relatório semanal, que 91% da safra foi plantada, ante 86% há um ano - e 73% dela tem condição boa a excelente. Os dados vieram em linha com as expectativas: analistas previam que o plantio viesse entre 89% e 92% e que a avaliação de boa a excelente ficaria entre 74% e 76%.

MILHO

Os preços futuros do milho subiram na CBOT com notícias sobre novas exportações, clima ruim para as lavouras chinesas e força de outros mercados. Os contratos com vencimento em julho subiram 4,25 cents ou 1,22% e fecharam a US$ 3,5375/bushel. Já os lotes para entrega em dezembro, os mais negociados, fecharam em alta de 4,0 cents ou 1,08%, cotados a US$ 3,75/bushel. Estima-se que fundos tenham comprado cerca de 6 mil lotes em milho na CBOT.
A confirmação de novas vendas de milho americano para a China deu suporte ao mercado hoje, em meio a preocupações com o tempo seco na região Centro-Leste da China. Problemas na produção chinesa poderiam estimular as compras do cereal dos Estados Unidos, segundo o analista Joe Victor, da corretora Allendale.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou hoje exportações privadas de 120 mil toneladas de milho para entrega à China no ano comercial 2009/10. O contrato julho foi impulsionado por compras técnicas e especulativas, em movimento de cobertura de posições vendidas. Alguns traders apostavam na queda dos preços por causa do clima bom para a safra dos Estados Unidos. Além disso, a desvalorização do dólar e os ganhos em outros mercados de commodities mantiveram o ânimo dos compradores. Entretanto, o avanço foi limitado pela perspectiva de safra recorde. Victor explicou que a área dos US$ 3,50/bushel continua sendo suporte psicológico para o milho.
O USDA informou que 77% da safra tem condição boa a excelente, dentro do intervalo previsto pelos analistas, de 75% a 77%.

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