quinta-feira, 17 de junho de 2010

SOJA: CHICAGO FECHA EM BAIXA, COM FRACO DESEMPENHO DAS EXPORTAÇÕES

Os contratos futuros de soja com vencimento em julho fecharam em baixa nesta quinta-feira na Bolsa de Chicago (CBOT), com o fraco desempenho das exportações da safra antiga indicado pelo relatório semanal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado hoje pela manhã. O desmonte das posições de julho também contribuiu para a queda de 0,60% desses contratos, ou 5,75 cents, a US$ 9,5200 por bushel. Os contratos de novembro, referentes à nova safra, por outro lado, fecharam próximos à estabilidade, em leve alta de 0,50 cent, equivalente a 0,05%, a US$ 9,2500/bushel. O dia foi morno ante a ausência de notícias que dessem suporte à continuidade da recuperação dos preços. Os cancelamentos de exportações da safra antiga mantiveram os compradores à margem do mercado na sessão desta quinta-feira. O mercado continuou a testar as resistências de preço, mas sem o suporte de novidades sobre os fundamentos, não houve como sustentar a tendência de alta, disse John Kleist, corretor e analista da Allendale em McHenry, Illinois.
Sinais mistos dos mercados financeiros também tiraram ímpeto dos negócios: a fraqueza do dólar dava suporte, mas as quedas do petróleo e dos mercados acionários acabaram por prevalecer. A continuidade dos rumores sobre o interesse da China por compras de soja dos Estados Unidos ou da Argentina, assim como as preocupações relacionadas ao clima nos Estados Unidos e no Canadá, evitaram uma queda mais acentuada.
Os vencimentos de setembro e novembro, por sua vez, fecharam em alta, beneficiados pelas preocupações relacionadas ao excesso de chuvas em áreas de plantio de soja nos Estados Unidos, que ameaçam o desenvolvimento vegetal e atrasam o final do plantio da safra 2010/11.
O clima úmido nas plantações de canola no Canadá, que pode significar a perda de 2 milhões de acres (809,37 mil hectares), também deu sustentação aos últimos vencimentos. Ainda assim, olhando para frente, traders acreditam que será difícil haver uma recuperação agressiva dos preços sem que ocorra um cenário de estresse que desencadeie um rali.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou hoje que as exportações totais de soja tiveram um desempenho líquido de 315,8 mil toneladas na semana encerrada em 10 de junho. Os cancelamentos líquidos foram de 136,3 mil toneladas para o ano de comercialização 2009/2010.

MILHO

Depois de caminhar nos dois sentidos, sempre perto da estabilidade, os contratos futuros de milho encerraram a sessão com ganhos modestos na Bolsa de Chicago (CBOT). Os lotes para entrega em julho subiram 1,25 cent ou 0,35% e fecharam a US$ 3,5750/bushel. Posição mais líquida, o vencimento dezembro avançou 1,0 cent ou 0,27% e terminou a US$ 3,7825/bushel. Os dados sobre exportação semanal foram considerados melhores do que se esperava e deram suporte aos futuros. Estima-se que fundos tenham comprado 3 mil lotes.
A atividade do mercado se manteve consistente durante a maior parte do dia, refletindo a noção de que os futuros já incorporaram adequadamente os fundamentos. Segundo o analista Chad Henderson, da corretora Prime Agricultural Consultants, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deu uma força inesperada aos preços.
As vendas permitiram aos futuros se aproximar dos níveis de resistência técnica, em meio a preocupações com o clima seco na China e a possibilidade de o país aumentar a demanda pelo cereal dos Estados Unidos, segundo Henderson.
No entanto, os futuros não tiveram força suficiente para romper a resistência, pois o clima é ideal para a safra americana no curto prazo, de modo que os prospectos são de produtividade recorde. O analista John Kleist, da corretora Allendale, comentou que as incertezas sobre a temporada de desenvolvimento da safra estão permitindo uma corrida casual dos preços, pois mantêm os vendedores cautelosos.
Os Estados Unidos venderam um saldo de 1.090.400 toneladas de milho da safra 2009/10 na semana encerrada em 10 de junho, alta de 7% em relação ao volume da semana passada e de 21% frente à média das quatro semanas anteriores. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira no relatório semanal de exportações do USDA.

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