segunda-feira, 14 de março de 2011

CHINA/SOJA CAI; TERREMOTO NO JAPÃO AMEAÇA RECUPERAÇÃO.

Os futuros da soja na Bolsa de Commodities de Dalian terminaram com queda pela sexta sessão seguida nesta segunda-feira, em um cenário marcado pelo forte terremoto que devastou o nordeste do Japão e ameaça recuperação econômica global.
O contrato maio, o mais negociado, encerrou com baixa de 0,3%, a 4.401 yuans por tonelada, em meio às perdas generalizadas das commodities. As cotações dos óleos de palma e soja também caíram fortemente, fechando com desvalorização de 1,7% e 1,4%, respectivamente.
Investidores estão preocupados com o enfraquecimento da demanda do Japão, maior importador de milho e segundo principal de trigo. Na Bolsa de Chicago o contrato maio da soja despencou 1,55% na sexta-feira.
No entanto, os futuros a oleaginosa tem espaço limitado para cair mais, já que a demanda por parte de processadoras chinesas segue forte e os preços continuam estáveis no mercado físico, afirmou Guan Xiangfeng, analista da Shanghai Cifco Futures Co., em uma nota. Já os óleos comestíveis devem apresentar uma recuperação técnica em breve, uma vez que os preços futuros estão com um desconto em relação ao valor negociado à vista, segundo analistas.
Entre outras notícias, a China planeja vender 100 mil toneladas de óleo de canola das reservas estatais em um leilão amanhã (dia 15). O país já comercializou cerca de 870 mil toneladas de óleos comestíveis em oito leilões desde o final do ano passado.

CHINA CONFIA NO CONTROLE DA INFLAÇÃO.
O primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, afirmou que o país está confiante em um bem sucedido gerenciamento das expectativas de inflação e dará continuidade à gradual reforma da taxa de câmbio do yuan. Em um discurso após o fim da sessão anual de 2011 do Congresso Nacional do Povo da China, nesta segunda-feira, Wen atribuiu parcialmente a inflação no país a fatores internacionais, dizendo que a alta dos preços é um fenômeno global. Wen afirmou que "as políticas monetárias de afrouxamento quantitativo em alguns países" - em uma aparente referência aos EUA - estão criando flutuações de grande escala nas taxas de câmbio globais e nos preços das commodities. Ao ser perguntado se a China permitirá uma valorização mais rápida do yuan para combater a inflação, o premiê reiterou a posição do governo de que a reforma cambial será gradual. "Nós precisamos manter em mente que esse tipo de valorização é gradual, porque tem relação com o emprego e com o que as companhias podem suportar", disse. "Nós precisamos manter a estabilidade social", acrescentou Wen.
Segundo o premiê, gerenciar as expectativas de inflação será especialmente difícil no primeiro semestre deste ano em razão da baixa base de comparação no mesmo período do ano passado. Dados do governo mostraram que o índice de preços ao consumidor (CPI), chinês subiu 4,9% em fevereiro, em relação ao mesmo mês de 2010. Wen destacou que muitas economias emergentes têm inflação entre 8% e 10%, sugerindo que a taxa chinesa é relativamente baixa.
Sobre a questão imobiliária, Wen afirmou que o governo vai endurecer a supervisão das políticas de governos locais para o setor como parte dos esforços para controlar os preços persistentemente altos. Os governos locais também terão de publicar suas respectivas políticas e metas com relação ao controle dos preços dos imóveis.
Ao fim da sessão legislativa anual, Wen disse ainda que o país vai seguir adiante com a reforma política, junto com a reforma econômica, e alertou que a corrupção é o maior perigo que a nação enfrenta no momento. O premiê afirmou que as autoridades precisam criar condições para permitir que o público critique o governo e destacou que integridade e justiça são a base da estabilidade social.

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