quarta-feira, 16 de março de 2011

CENÁRIO/INSUMOS: DEMANDA POR ADUBO DEVE SEGUIR FIRME.

A importação de fertilizantes iniciou o ano em alta e continua elevada, um indicativo de que o produtor deverá reforçar os investimentos no campo na próxima safra 2011/12. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), nas duas primeiras semanas de março a compra do insumo atingiu média diária de US$ 21,23 milhões, aumento de 14,5% ante a média de fevereiro, de US$ 18,548 milhões, e um salto de 81% sobre a média de março de 2010, de US$ 11,742 milhões. A analista Amaryllis Romano, da Tendências Consultoria, diz que esse forte aumento nas importações pode indicar uma antecipação das compras externas em função da expectativa de uma elevação mais acentuada no preço do petróleo. "Além de ser um insumo cujo custo de produção está relacionado ao petróleo é preciso lembrar que os fertilizantes viajam pelo mundo até chegar ao País, então o custo de transporte também tem que ser levado em conta". De acordo com a Secex, o preço médio dos adubos e fertilizantes (minerais ou químicos) importados em janeiro subiu 21,43% ante o mesmo período em 2010.
Em volume, o último dado consolidado é também de janeiro, quando foram importadas 1,492 milhão de toneladas, elevação de 78,5% sobre o mesmo período em 2010, que registrou 836,1 mil toneladas. O volume é até mesmo maior que as importações do ano de 2008, considerado um marco no setor agropecuário, quando 1,33 milhão de toneladas foram internalizadas em janeiro, segundo dados da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda). As entregas de fertilizantes para o consumidor final subiram 7,3% em janeiro, para 1,732 milhão de toneladas, de acordo com a entidade.
O cenário positivo para a renda agrícola neste ano estimula os investimentos nas lavouras, segundo avaliação de Romano. Ela aponta que o volume entregue aos produtores em janeiro representa o segundo melhor resultado para o mês, perdendo apenas para janeiro de 2008, quando as entregas foram de 1,857 milhão de t. Ela avalia que o aumento na demanda dos fertilizantes se dará mais em virtude da elevação dos investimentos do que pela aumento da área plantada em 2011/12. "O custo de incorporação de novas áreas de produção está elevado. Se houver, um aumento das lavouras será marginal", afirmou.
Em relatório divulgado ao mercado no início deste mês, em que informava os resultados de 2010, a Fertilizantes Heringer - uma das maiores do País no setor - estimou um crescimento de 6% no consumo brasileiro de fertilizantes em 2011, com o volume de entregas atingindo 26 milhões de toneladas. Cerca de 39% desse total deve ser entregue no primeiro semestre e os 61% restantes no segundo semestre. "Os preços das matérias primas tendem a ser superiores aos do último trimestre de 2010", disse a empresa no documento, sem citar uma estimativa.

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