terça-feira, 9 de março de 2010

CBOT-SOJA RECUPERA PERDAS APÓS QUEDA DE 0,13 CTS.

Os preços internacionais da soja se recuperaram no fim da sessão e terminaram o dia perto da estabilidade na Bolsa de Chicago. Comerciantes equilibraram suas posições antes de receber o relatório de oferta de demanda do governo americano. Os contratos mais negociados, com vencimento em maio, fecharam cotados a US$ 9,4750/bushel, em baixa de 0,50 cent ou 0,05%. Inicialmente, os futuros escorregaram para o menor nível em um mês, pressionados por fundamentos baixistas e influências de outros mercados. A valorização do dólar e a queda dos preços do petróleo pressionaram a maioria das commodities. Investidores aproveitaram a oportunidade para se posicionar às vésperas dos dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), reduzindo sua exposição ao risco no sentido de se preparar para uma eventual surpresa nas revisões do governo. A estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra 2009/10 de soja brasileira em 67,57 milhões de toneladas, também se mostraram negativas para os preços.Traders acrescentaram que a fraqueza do mercado à vista de farelo de soja se somou ao tom defensivo, além de relatos de um avanço nas vendas de soja no mercado físico. No entanto, não houve continuidade das vendas, na medida em que os vendedores começaram a cobrir posições vendidas.
A multinacional Bunge fará a entrega de 400 lotes do vencimento março do farelo negociado na bolsa de Chicago (CBOT), além de emitir notificações para entrega de 224 lotes. "A medida reflete a fraqueza atual do mercado à vista de farelo e a dificuldade que as companhias encontram em reduzir esmagamento, diante do nível dos estoques de subprodutos de soja", afirmou a consultoria e empresa de pesquisas AgResource em nota.
O USDA divulga seu relatório de oferta e demanda amanhã, às 10h30 de Brasília. A expectativa é de que a agência do governo americano venha a apertar a relação entre oferta e demanda de soja, com alterações nas projeções de exportação e processamento, limitando os estoques finais.  
O presidente da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja), Glauber Silveira, considerou superestimada a estimativa da Conab para a safra 2009/10 da oleaginosa em Mato Grosso. Os dados divulgados hoje pela Conab, em sua estimativa de março, preveem produção de 18,961 milhões de toneladas de soja em Mato Grosso, enquanto a Aprosoja trabalha com a projeção de colheita em torno de 18 milhões de toneladas, em virtude da queda de produtividade. Segundo Silveira, os relatos de campo sobre os problemas enfrentados pelos produtores com o excesso de chuvas, que prejudicou a colheita nas últimas semanas, indicam que a produtividade das lavouras deve ser de, no máximo, 50 sacas por hectare. A Conab, que nas projeções de março manteve para Mato Grosso os mesmo números do levantamento fevereiro, estima a produtividade em 51,3 sacas por hectare.O presidente da Aprosoja admite que o volume colhido pode até ficar pouco acima das 18 milhões de toneladas, mas ressalva que o volume efetivo que as tradings irão pagar ao produtor será menor, por causa dos descontos por excesso de umidade e alto porcentual de grãos ardidos, em torno de 2% a 3%.

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