quinta-feira, 11 de novembro de 2010

SOJA FECHA EM BAIXA COM REALIZAÇÃO DE LUCRO

As cotações da soja fecharam com queda na Chicago Board Of Trade com uma correção modesta depois que os traders realizaram lucro sobre o ganho de 4%. O contrato janeiro cedeu 9,50 cents (0,7%), para US$ 13,1950 por bushel.
A combinação de dólar em alta, perdas em outros mercados de commodities e a avaliação de que a bolsa já incorporou a redução dos estoques finais dos EUA na safra 2010/11 atraiu vendedores para Chicago nesta quarta-feira, disse Mario Balletto, analista do Citigroup. As cotações dispararam ontem depois que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu a estimativa de produção e estoques da oleaginosa no país.
A notícia de que as importações da China ficaram abaixo do esperado em outubro e de que o banco central do país parece determinado a esfriar a expansão econômica aumentando mais uma vez os depósitos compulsórios dos bancos reforçaram o tom defensivo do dia.
A China importou 43,9 milhões de toneladas de soja no acumulado de janeiro a outubro deste ano, aumento de 25,8% em relação ao mesmo momento do ano passado, de acordo com a Administração Geral de Alfândega. Em outubro apenas houve queda de 24% nas importações ante setembro, para 3,73 milhões de toneladas. Mas se trata de um volume 48% maior do que no mesmo mês do ano passado. Hoje o país compra 70% da soja exportada pelos EUA. Qualquer declínio nesse comércio bilateral pode pressionar as cotações em Chicago, segundo analistas.
Jack Scoville, vice-presidente do Price Futures Group, ponderou que depois de subir 4% num dia e 27% em um mês não será um recuo menor de 1% que mudará a dinâmica do mercado. Para a AgResource, os fundamentos são muito fortes para permitir uma correção mais forte. Nos derivados, os futuros de farelo seguiram a queda no grão, mas os de óleo subiram, puxados pelo petróleo.

MILHO; PREÇOS RACIONARAM A DEMANDA
As cotações do milho fecharam com queda com realizações de lucro e sinais de que os preços elevados diminuíram a demanda. O contrato dezembro cedeu 9,50 cents (1,6%), para US$ 5,6675 por bushel. Em 2010, o contrato acumula alta de quase 30%. Os fundos venderam cerca de 14 mil contratos hoje.
Os traders foram compelidos a vender por causa da valorização do dólar, como ocorreu em outros mercados de matérias-primas, e apesar da preocupação com o aperto na oferta nos Estados Unidos. Eles observaram também que a demanda pareceu ter enfraquecido. "Começamos a ver racionamento de demanda, especialmente no setor exportador", disse Joel Karlin, analista da Western Milling.
No longo prazo, contudo, analistas consideram que as cotações têm potencial de alta por causa dos fundamentos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mostrou que ao final da safra 2010/11, o país deverá ter o menor estoque de milho em 14 anos. Isso deve servir de munição para essas altas. Além disso, há a disputa por área com a soja na próxima temporada de plantio nos EUA.

TRIGO FECHA EM QUEDA ACOMPANHANDO OUTROS GRÃOS
As cotações do trigo fecharam com queda nas bolsas dos Estados Unidos, realizando lucros sobre os ganhos da terça-feira. Na Chicago Board Of Trade o contrato dezembro perdeu 11,75 cents (1,6%), para US$ 7,10 por bushel, menor preço em uma semana. A valorização do dólar e a queda de preços da soja e do milho pressionaram o mercado do cereal, segundo Mike Krueger, presidente da The Money Farm, graneleira de Dakota do Norte.
A previsão de chuvas para as principais áreas de inverno dos EUA reforçaram o tom baixista do dia, segundo um analista. Essas áreas, no Meio-Oeste e nas Planícies, vivem um período de estiagem e as lavouras estão com a qualidade prejudicada.

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