segunda-feira, 8 de novembro de 2010

FMI E OMC ESTÃO OMISSOS NA QUESTÃO CAMBIAL.

O diretor da Fiesp Roberto Giannetti da Fonseca afirmou que na reunião do G-20, em Seul, Coreia do Sul, o governo do Brasil deveria solicitar aos membros do grupo que recomendem a coordenação da OMC e do FMI a fim de coibir a guerra cambial internacional. "O FMI tem as políticas regulatórias de câmbio, mas não pode aplicá-las, enquanto a OMC não tem tais regras, mas tem poder de sanção. Se a atuação destas instituições for harmonizada, o quadro atual poderá ser atenuado", disse. "Infelizmente, FMI e OMC por enquanto estão omissos para tratar dessa questão tão essencial", declarou.
No Congresso Fiesp 2010, Giannetti da Fonseca ressaltou que desvalorizações competitivas de países em nível exagerado precisam ser coibidas pela OMC, pois isso traz diretamente prejuízos concorrenciais a diversos países, inclusive o Brasil. "Quando isso ocorre, as nações têm direito a salvaguardas porque estão sendo afetadas por concorrência desleal", afirmou. "E o Brasil é uma das principais vítimas dessa disputa desregrada na área do câmbio."
O diretor da Fiesp, contudo, mostrou-se otimista com a disposição do governo de assumir um papel protagonista no encontro do G-20, dado que duas das suas principais nações, China e EUA, são os principais atores da guerra cambial global. "É muito bom ver que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, já manifestou que o Brasil vai adotar um papel ativo nesse fórum", comentou.
O diretor da Fiesp mostrou-se animado com a perspectiva de Henrique Meirelles não permanecer na presidência do Banco Central no governo de Dilma Rousseff, como trouxe matéria publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo ontem. Segundo a reportagem, a presidente eleita quer um novo presidente no BC, a fim de reduzir os juros com mais rapidez. "Essa seria uma mudança positiva pois Henrique Meirelles vem manifestando que os fundamentos econômicos do País estão bem, quando isso não é verdade. O principal exemplo disso é a perspectiva do déficit em conta corrente alcançar US$ 58 bilhões este ano. "Se tal situação externa continuar por mais quatro ou cinco anos, o Brasil pode retomar um quadro negativo de vulnerabilidade de suas contas externas e isso nós não queremos", afirmou, ressaltando que o déficit de transações corrente em 2011 deve saltar US$ 22 bilhões, alcançando US$ 80 bilhões.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Arquivo do blog

Quem sou ?

Minha foto
SÃO PAULO, CAPITAL, Brazil
CORRETOR DE COMMODITIES.

whos.amung.us

contador de visitas