quarta-feira, 10 de novembro de 2010

SOJA/CHINA, ALTA FORTE DIANTE DE MUDANÇAS NA OFERTA GLOBAL

Os preços futuros da soja subiram com força nesta quarta-feira na Dalian Commodity Exchange, sustentados pelos dados do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Além disso, informações altistas de importação da China puxaram as cotações. O contrato com vencimento em setembro avançou 107 yuans ou 2,3% e encerrou cotado a 4.778 yuans por tonelada (6,68 yuans = US$ 1), dando suporte ao restante do complexo de commodities.
As importações de soja pela China em outubro ficaram abaixo das previsões de autoridades e do setor privado. Analistas disseram que uma possível explicação para isso seria a substituição da soja importada pelo óleo de soja. As importações de soja, produto essencial para a indústria doméstica de processamento, têm sido importante indicador para os preços da oleaginosa na China.
No mês passado, as importações caíram 24% em relação a setembro, para 3,73 milhões de toneladas, de acordo com o departamento alfandegário da China. Esse volume é muito menor do que a projeção do Ministério do Comércio, que na semana passada estimou os embarques de outubro em 4,5 milhões de toneladas. Estimativas do setor privado previam exportações de 5,6 milhões de toneladas de soja.
Já os dados do USDA indicaram uma redução surpreendente na expectativa de produtividade da safra americana, impulsionando as cotações da soja nos Estados Unidos. Em janeiro, a demanda por soja costuma migrar para a América do Sul, em detrimento dos Estados Unidos. Mas se o relatório do USDA estiver certo, qualquer problema na produção da América do Sul forçará os importadores, especialmente a China, a retomar compras dos Estados Unidos. Isso limitaria a oferta para os processadores americanos.
Os futuros na Dalian limitaram os ganhos na parte da tarde, com preocupações de que o governo pode tomar novas medidas para restringir a liquidez. Autoridades comentam que Pequim está voltando a se concentrar no fluxo de dinheiro, que também está ocorrendo nos mercados de produtos agrícolas. Alguns analistas acreditam que o banco central chinês elevará a taxa de juros novamente na semana que vem.

IMPORTAÇÃO NO ACUMULADO DO ANO É 26% MAIOR QUE EM 2009
A China importou 43,9 milhões de toneladas de soja no acumulado de janeiro a outubro deste ano, o que representa aumento de 25,8% em relação ao mesmo momento do ano passado, de acordo com a Administração Geral de Alfândegas. No mês de outubro, houve queda de 24% nas importações ante setembro, para 3,73 milhões de toneladas. Mas se trata de um volume 48% maior do que no mesmo mês do ano passado.
As importações de óleos comestíveis em outubro caíram 22% na comparação com o mesmo mês de 2009, para 530 mil toneladas. Em relação a setembro, a queda foi de 21%. No acumulado de janeiro a outubro, as importações desse tipo caíram 19% ante o mesmo período do ano passado, totalizando 5,49 milhões de toneladas.

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