quarta-feira, 25 de agosto de 2010

SOJA FECHA ESTÁVEL SEM DIREÇÃO DEFINIDA.

Os preços futuros da soja terminaram a sessão desta quarta-feira entre estável a leve alta na bolsa de Chicago. O mercado opera com trajetória indefinida, enquanto aguarda pelo início da colheita para ter informações mais claras sobre o rendimento das lavouras e o potencial de produção desta temporada.
O vencimento mais próximo, base setembro, encerrou com alta de 0,50 cent, ou 0,05%, a US$ 10/bushel. Posição mais negociada, o contrato novembro terminou estável em US$ 9,99/bushel. Fundos especulativos compraram mil lotes no dia.
Pressionada por fatores sazonais, com a aproximação da safra, a bolsa seguiu em baixa na maior parte do dia, enquanto traders continuam operando com base na perspectiva de uma grande safra, disse Mike Zuzolo, presidente da Global Commodity Analytics and Consulting, de Lafayette, Indiana.
A ausência de suporte por parte dos mercados financeiros e a fraqueza generalizada de commodities, com a forte queda do trigo, reforçaram o sentimento baixista do mercado. Uma vez que os futuros do trigo despencaram, especuladores comprados decidiram realizar lucro, observou Zuzolo. A perspectiva de safra recorde de soja dificulta a manutenção dos preços acima do nível psicológico de US$ 10/bushel.
Mesmo assim, "o clima seco no Meio-Oeste, onde estão dois terços das lavouras de soja dos Estados Unidos, ainda pode afetar o enchimento dos grãos e a necessidade de água para atingir o potencial máximo de produtividade" e isso limita o risco de queda maior, avalia Zuzolo. Ele considera ainda que a forte demanda exportadora ajudar a dar um piso à bolsa e a recuperação dos mercados financeiros e o petróleo ajudou a sustentar o mercado no final do pregão.
Amanhã, o Departamento de Comércio dos Estados Unidos, divulgará os números do esmagamento doméstico de soja em julho. Participantes da indústria esperam um modesto declínio no esmagamento em relação a junho, de 128,5 milhões de bushels, por causa da baixa disponibilidade da oleaginosa no país. Os estoques de farelo são estimados em 350 mil toneladas, ante 334.921 toneladas no mês anterior. Para o óleo de soja, também se espera pequeno declínio para 3,528 bilhões de libras-peso, ante 3,555 bilhões/lb apurados em julho.
Para as exportações, que saem às 9h30, os analistas consultados pela Dow Jones esperam vendas entre 750 mil e 1,1 milhão de toneladas de soja na semana encerrada em 19 de agosto. No caso das exportações de farelo, as projeções variam de 75 mil a 250 mil t e de óleo de soja entre 5 mil e 25 mil t. Nos produtos, o fechamento foi misto pelo segundo dia seguido. O farelo subiu estimulado pelas operações de arbitragem com o óleo.
MILHO FECHA ESTÁVEL INFLUÊNCIADA POR TRIGO. Os preços futuros do milho encerraram a quarta-feira perto da estabilidade. As perdas marginais foram provocadas por influência do mercado de trigo. Os contratos mais líquidos, com vencimento em dezembro, recuaram 0,50 cent e fecharam a US$ 4,0475/bushel. O mercado caminhou nos dois sentidos, mas se manteve acima dos níveis de suporte, após a queda expressiva de terça-feira. "Estou realmente surpreso com o fato de o milho ter se mantido tão bem diante do comportamento do trigo", disse um trader. O trigo recuou quase 4% em Chicago. Traders afirmaram que consumidores finais dão suporte ao mercado, mas que um declínio mais acentuado dos preços acionaria ordens automáticas de venda.
O analista Jason Ward, da corretora Northstar Commodity, avalia que tenha ocorrido hoje alguma realização de lucros de fim de mês, por fundos especulativos que detinham ampla posição comprada. Ele explicou que essa realização pode aumentar se o mercado ações continuar caindo e a incerteza sobre a economia crescer. Mas Ward recordou que há relatos de que a produtividade inicial da safra americana é decepcionante, o que dá suporte aos futuros.
As opiniões sobre a safra são divergentes neste momento. Alguns relatam rendimento decepcionante em áreas do Sul do Cinturão do Milho dos Estados Unidos, enquanto outros argumentam que a safra ainda segue ritmo de desenvolvimento recorde. De qualquer forma, o início da colheita deve pressionar as cotações, conforme mais oferta chegar ao mercado.
Parte da safra recém-colhida poderá ser vendida rapidamente, segundo traders e analistas, pois produtores de um modo geral estão satisfeitos com preços acima dos US$ 4/bushel. Por sua vez, os consumidores querem o novo milho de alta qualidade para misturar com o que resta do milho de baixo padrão do ano passado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Arquivo do blog

Quem sou ?

Minha foto
SÃO PAULO, CAPITAL, Brazil
CORRETOR DE COMMODITIES.

whos.amung.us

contador de visitas