sexta-feira, 27 de agosto de 2010

CHICAGO: GRÃOS TRABALHAM EM ALTA POR SÓLIDA DEMANDA.

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago operam em alta nesta sexta-feira, estendendo os ganhos da sessão eletrônica. Sólida demanda por exportações e persistentes incertezas sobre a produtividade da safra, em função de um clima seco e quente nas partes central e leste da região Meio-Oeste dos Estados Unidos, impulsionam os preços, segundo analistas.Os produtos derivados da oleaginosa apresentam comportamentos diferenciados, com o óleo firme e o farelo misto. O contrato novembro sube 9 cents, ou 0,89%, cotado a US$ 10,2350 por bushel.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou hoje a venda de 120 mil toneladas de soja para China em 2010/11. O ano comercial da oleaginosa começa em 1º de setembro. Exportadores norte-americanos devem relatar ao USDA vendas de 100 mil toneladas ou mais feitas em um único dia para um mesmo destino.

O milho avança em meio à continuação de compras, motivado por forte demanda e por dúvidas com relação ao potencial da safra. O contrato dezembro brevemente atingiu o maior nível em sete meses, apesar de um analista ter dito que o mercado está com um excesso de posições compradas e pode encontrar dificuldades para subir.
A estiagem na Rússia alimenta expectativas de uma demanda maior por grãos dos Estados Unidos nos próximos meses. Investidores altistas dizem que os relatórios preliminares sobre a produtividade da safra norte-americana são irregulares, mas outros dizem que a perspectiva de produção ainda não mudou.Vencimento dezembro subiu 6,25 cents, ou 1,45%, para US$ 4,3825 por bushel.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos comunicou hoje a venda de 180 mil toneladas de milho para países não revelados em 2010/11. O ano comercial do grão começa em 1º de setembro.
Frequentemente, exportadores norte-americanos concordam em vender ofertas para intermediários que ainda não definiram o destino final do carregamento. Quando isso acontece, o USDA lista o comprador como "desconhecido". Vendas de 100 mil toneladas ou mais, feitas em um único dia para um mesmo destino, devem ser informadas ao USDA no dia seguinte.

O trigo registra ganhos nesta sexta-feira, estimulado por temores sobre déficit de produção na ex-União Soviética e por expectativas de intensa demanda. Um relatório do adido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos em Moscou, apontou a safra russa em 41 milhões de toneladas na temporada 2010/11, quatro milhões de toneladas abaixo da última projeção e 20,7 milhões de inferior ao volume registrado em 2009/10.
A colheita em andamento está revelando produtividade e qualidade fracas. "A estiagem e o calor continuam na Rússia, destruindo a safra de grãos", informou o órgão. Traders ignoram o comunicado do primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, de que a Rússia tem ofertas de trigo mais que suficientes. Eles preveem que o país precisará importar grãos neste ano para compensar as perdas da safra local. Há pouco, o contrato dezembro subia 6,50 cents, ou 0,94%, para US$ 6,95 por bushel. Na Bolsa do Kansas (KCBT, na sigla em inglês), o mesmo vencimento avançava 8 cents, ou 1,13%, negociado a US$ 7,13 por bushel.

RÚSSIA TEM OFERTAS SUFICIENTES.
A Rússia não está com um déficit de ofertas e não há justificativa para a recente alta nos preços dos grãos, disse hoje Vladimir Putin, primeiro-ministro russo, segundo agências de notícias locais. "Depois da fraca colheita, a dúvida a respeito de um possível déficit naturalmente surge", afirmou Putin. "Não há déficit e não haverá."
O país tem mais de 9,5 milhões de toneladas de grãos em estoque, além de um volume adicional de 21 milhões de toneladas restantes da última temporada, e estimativas conservadoras da safra deste ano indicam uma produção de 60 milhões de toneladas. A oferta total deve ser suficiente para satisfazer a demanda interna de 77 milhões a 78 milhões de toneladas, acrescentou o premiê russo.
A pior estiagem em décadas na Rússia devastou 27% da safra doméstica de grãos neste ano, levantando rumores de que o país não seria capaz de suprir a demanda local. Em uma tentativa de estabilizar o mercado, o governo russo proibiu as exportações de grãos a partir de 15 de agosto, mas a medida até agora não conseguiu conter o aumento dos preços internos.

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